Natural de Simão Dias, cortejo fúnebre da cantora Paulinha Abelha chega na cidade sergipana

O corpo será velado em mais uma cerimônia aberta ao público e sepultado de forma restrita.

Por Redação do Portal A8SE 25/02/2022 09h12
Natural de Simão Dias, cortejo fúnebre da cantora Paulinha Abelha chega na cidade sergipana
Foto: Aline Aragão/TV Atalaia

Natural de Simão Dias, o cortejo fúnebre da cantora Paulinha Abelha chegou na cidade sergipana por volta das 9h25 desta sexta-feira (25), após sair de Aracaju e percorrer a distância de 120 quilômetros. Ela faleceu aos 43 anos em virtude de um quadro de comprometimento multissistêmico.

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Relembre a última entrevista de Paulinha Abelha ao Domingo Espetacular

"Quero deixar um legado muito bom aqui na terra", disse Paulinha Abelha em áudio

O corpo está sendo velado mais uma vez no Ginásio de Esportes José Maria, das 9h às 14h, com cerimônia aberta ao público. Em luto, a população já aguardava nas ruas pela abertura dos portões desde as primeiras horas da manhã. A organização ainda possibilitou a passagem dos fãs ao lado do caixão. O sepultamento, por sua vez, ocorre de forma restrita apenas aos familiares e amigos próximos.

Como forma de homenageá-la, um artista pintou a fachada de uma casa e ilustrou a conterrânea usando um boné com seu famoso bordão "como não amar?". Ao lado, uma citação de conforto: "Chegou a hora! A hora não é minha, não é sua. A hora é Dele, confie Nele, descanse Nele", dizia Paulinha Abelha em uma rede social.

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Cerimônia em Simão Dias também será aberta ao público

Cerimônia em Aracaju

A despedida iniciou em um velatório localizado no centro da capital e, em seguida, seguiu para o Ginásio Constâncio Vieira na última quinta (24). Cerca de 20 mil pessoas circularam estiveram presentes no velório, entre eles fãs, famosos e líderes religiosos, que compartilharam mensagens de fé e reflexão.

Na ocasião, vocalistas e ex-cantores da banda Calcinha Preta emocionaram o público ao cantarem músicas cristãs e os sucessos eternizados na voz da artista. Também prestaram homenagens algumas personalidades no cenário local e nacional, como Amorosa, Kaelzinho, Paulinho do Acordeão, Luanzinho Moraes, Aldiran Santana da Unha Pintada, Raí Soares da Saia Rodada e o casal de influenciadores digitais Carlinhos Maia e Lucas Guimarães.

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Velório da cantora Paulinha Abelha em Sergipe é aberto ao público

Nenhuma palavra será suficiente para expressar o sentimento imensurável de dor pela perda deste ser de luz. Muita honra para todos nós termos compartilhado a vida, a arte, a voz, a alegria, a amizade, o sorriso... Tantos momentos que ficarão na lembrança de cada um de nós. Vá em paz! Paulinha respirava a sua família, a arte e cultura, os fãs, o palco... Ela era tão leve, que o seu pouso nesta existência foi breve. Mas o suficiente para polinizar amor e paz em abundância. Foram 30 anos de carreira profissional e mais de duas décadas dedicadas à banda Calcinha Preta. E será eterna a sua colaboração na nossa música, na nossa vida.

Banda Calcinha Preta

Internação

Paulinha Abelha foi hospitalizada no dia 11 de fevereiro, quando sentiu um mal-estar na turnê da banda Calcinha Preta em São Paulo e decidiu retornar de viagem. Dias depois, o diagnóstico de insuficiência renal evoluiu para um coma profundo e hepatite. Ao todo, foram 12 dias de internação.

Em entrevista ao programa Cidade Alerta da TV Atalaia, a irmã da cantora, Carla Abelha, comentou sobre os sintomas que ela estava sentindo antes de ser internada. “Chegou a informação de que ela estava se sentindo mal, vomitando e a gente imaginou que poderia ser uma gravidez. Quando chegou ao hospital, já foi identificado que tinha um probleminha nos rins e houve a insuficiência renal”, disse.

Durante uma coletiva, a imprensa questionou sobre a possibilidade de sequelas e a equipe responsável pelo tratamento da cantora respondeu que o maior desafio era "mantê-la viva". Os especialistas buscavam identificar as circunstâncias da encefalopatia severa, que resultou em uma lesão cerebral, e investigavam a possibilidade de uma intoxicação medicamentosa relacionada a tratamentos estéticos.

Segundo nota divulgada pelo hospital, ela apresentou importante agravamento de lesões neurológicas e não resistiu. A morte encefálica foi confirmada após exames clínicos específicos. No momento, amigos, familiares, fãs e integrantes do grupo realizavam uma vigília de oração em favor de sua recuperação, quando receberam a notícia do falecimento.

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Nota de falecimento emitida pelo hospital

Paulinha Abelha era casada com o modelo Clevinho Santos e ambos planejavam ser pais.

Carreira

Natural de Simão Dias, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, conhecida como Paulinha Abelha, nasceu em 1978 e iniciou a carreira artística com apenas 12 anos em trios elétricos pela região.

Desde criança esbanjava simpatia em concursos escolares e cantava no coral da igreja. Ela teve passagens por bandas sergipanas de forró, como Flor de Mel, Furação e Panela de Barro, onde conheceu o cantor Daniel Diau.

Em 1998, teve o talento reconhecido pelo empresário e diretor da banda Calcinha Preta, Gilton Andrade. Com a banda, um dos grupos de forró eletrônico de maior sucesso no Brasil, gravou músicas como Baby Doll, Armadilha, Abra o Meu Coração e Louca Por Ti, tendo a sensualidade como uma de suas características marcantes.

Entre idas e vindas, a cantora ficou na banda por 17 anos e foi homenageada com uma música que leva seu nome, "Paulinha". O grupo de forró gravou um DVD de 25 anos em 2020 e estava retornando às agendas de shows após suspenderem as apresentações durante a pandemia.

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