Índia diz que governo do Paquistão teria ligação com atentado
Para premiê indiano, sofisticação do ataque em Mumbai pode ser fruto de apoio de agências oficiais do vizinho

Autoridades paquistanesas "devem ter tido" alguma participação nos ataques em Mumbai, afirmou o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, nesta terça-feira, 6. Singh também voltou a acusar o grupo militante sediado no Paquistão Lashkar-e-Taiba de ser o responsável pela ação. "Há prova suficiente para mostrar que, dada a sofisticação e precisão militar do ataque, ele deve ter tido o apoio de algumas agências oficiais no Paquistão", disse o primeiro-ministro indiano.
Uma nação predominantemente muçulmana, o Paquistão tem um governo civil relativamente novo e fraco, e acredita-se que as agências de inteligência locais tenham certo grau de independência e bastante poder. Singh não nomeou ninguém diretamente, porém o vizinho já culpou a Agência de Inteligência Paquistanesa (ISI) por ataques no território indiano nos últimos anos.
Singh ainda acusou o Paquistão de "fomentar a histeria da guerra" e criticou o que chamou de relutância do país para combater os militantes em seu território. O discurso foi feito um dia depois de a Índia entregar ao Paquistão evidências sobre militantes operando em seu território. O ataque em novembro deixou 164 mortos e as investigações teriam apontado que os 10 homens armados não poderiam ter realizado a matança sozinhos. "Infelizmente, não podemos escolher nossos vizinhos", disse o primeiro-ministro indiano. "Alguns países como o Paquistão no passado encorajaram e deram abrigo a terroristas e outras forças contrárias à Índia."
O ministro da Informação do Paquistão, Sherry Rehman, rebateu horas depois as declarações do primeiro-ministro indiano. Para o ministro, as acusações de Singh sobre um suposto vínculo entre a inteligência paquistanesa e os agressores apenas tiram a atenção dos esforços conjuntos para o combate ao terrorismo. O comunicado de Rehman não responde diretamente às acusações de Singh. Porém sustenta que comentários como esse apenas distanciam os países do "bastante real e presente perigo do terrorismo regional e global".
Fonte: Estadão
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