Suposta organizadora dos atos extremistas depõe em CPI

Deputado Hermeto rebate declaração de suspeita e afirma que os policiais e praças presentes não eram coniventes com os atos

Por Redação Portal A8SE com informações do Portal R7 28/09/2023 15h48
Suposta organizadora dos atos extremistas depõe em CPI
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (28), Ana Priscila Silva de Azevedo, apontada como uma das organizadoras dos atos de 8 de janeiro, afirmou que no dia dos atos de 08 de janeiro observou que a polícia não reagiu ao movimento extremista que atacou as sedes dos Três Poderes, em Brasília. A declaração foi dada em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal. "Sou nascida e criada em Brasília e já participei de inúmeros atos aqui e nunca vi a praça dos Três Poderes tão desguarnecida. Não tinha contingente policial nenhum. Nunca vi isso na história. A polícia não fez nada, estava inerte", disse.


"As viaturas dos policiais todas paradas. O que eu vi, o que eu presenciei, foi uma polícia, um contingente ínfimo, inclusive quero até dizer que no momento que eu cheguei, quando eu passei pela barreira, a quebradeira já tinha acontecido. Então, se a quebradeira já tinha acontecido, por que essas duas barreiras de policiais não nos avisaram? Até mesmo não nos impediram de seguir adiante", questionou.

O relator da CPI, deputado Hermeto disse que os policiais e praças presentes não eram coniventes com os atos, rebatendo a afirmação de Ana Priscila. A depoente, contudo, comparou o policiamento ao de outros eventos, como o 7 de Setembro.

Em depoimento, Ana Priscila afirmou que em momento algum pensou que seu patriotismo seria comparado a atos golpistas. "Pensava que a democracia me permitia o livre pensamento, que eu poderia ir aonde quisesse. Jamais pensei que poderia ser proibida de falar ou tivesse o meu direito restringido. Só queríamos a transparência", declarou.

Suspeita de organizar os atos, Ana Priscila comparou o pedido dos manifestantes à análise do VAR em uma partida de futebol. "Nós só queríamos essa certeza. A partir do momento que o Ministério da Defesa emite um relatório [sobre possibilidade da fraude nas eleições], nós ficamos ali aguardando pelo menos que os técnicos [da Defesa] tivessem acesso adequado [ao código fonte das urnas]. É um jogo de futebol, senhor deputado. O gol estava impedido ou não? Era como se fosse o VAR naquele momento. Era só isso que nós queríamos saber", disse.

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