Câncer de mama também afeta animais; saiba como prevenir e tratar doença

Profissionais explicam, ao RPet, que é importante fazer acompanhamento médico para garantir a saúde dos bichos.

Por André Barbeiro, R7 02/10/2023 07h30
Câncer de mama também afeta animais; saiba como prevenir e tratar doença

O Outubro Rosa é uma campanha mundial que ocorre todos os anos e tem como objetivo lembrar sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama, não só para as mulheres, mas também para os pets. Por conta disso, especialistas detalham, ao RPet, como identificar a doença em animais e como tratá-la. Além disso, eles explicam que é possível prevenir e que há cura.

O médico-veterinário Leandro Bacha, da PetCare, conta que esta doença é um dos cânceres que mais afetam as fêmeas, mas lembra que, devido a alterações hormonais, machos também podem ter. "Nas cadelas, 50% dos tumores são malignos, enquanto nas gatas, esse número sobe para mais de 90%, com comportamento agressivo e alta probabilidade de metástase", comenta.

Bruno Roque, veterinário oncologista do Hospital AmarVet’s, fala que o tumor é curável, se o diagnóstico for precoce. "Muitas vezes, com procedimentos cirúrgicos conseguimos promover a cura."

Como identificar?

Roque recomenda que o tutor leve o animal ao médico para exames de rotina periodicamente. "Quanto antes identificarmos, maiores são as chances de cura do paciente. Nós recomendamos, como cuidados preventivos, a apalpação para identificar possíveis nódulos", afirma.

O oncologista explica ainda que a doença é multifatorial e ressalta que a análise de um profissional é importante. "Por isso, cada caso tem que ser avaliado de forma isolada por um médico-veterinário oncologista, para que ele possa orientar a família da melhor forma possível."

Tratamento

Bacha destaca que o tratamento pode variar, dependendo do estágio do câncer e da saúde geral do animal, e conta que a principal forma de terapia consiste na remoção cirúrgica das mamas acometidas.

"Nas cadelas, a extensão da cirurgia pode variar desde a remoção de uma única mama até a retirada completa das cadeias mamárias e dos linfonodos que drenam a região. Nas gatinhas, como 90% dos tumores são malignos, a remoção total costuma ser a prática mais adotada", detalha.

O especialista comenta ainda que tratamentos complementares, como a quimioterapia, podem ser instituídos, tanto na prevenção de metástases, como no tratamento paliativo em casos de cânceres mais avançados. A radioterapia também é uma opção para tratamento paliativo de tumores inoperáveis ou em casos de remoção incompleta.

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