Aracajuanos reclamam da falta de estrutura nas calçadas da cidade
Caminhar pelo Centro de Aracaju para levar mercadorias aos clientes é uma atividade que parece simples, entretanto, para a autônoma Sarah Rocha, se tornou um desafio. Ela, que trabalha vendendo roupas, encontra diariamente um empecilho que prejudica sua locomoção: falta de mobilidade nas calçadas.
De acordo com o ranking do estudo do Portal Mobilize, através da Campanha Calçadas do Brasil, Aracaju está entre as cidades que não possuem passeios adequados para garantir a segurança do cidadão. Entre as capitais brasileiras, a sergipana teve média 5,35 no que diz respeito a caminhabilidade/acessibilidade, quando o ideal apontado pela instituição deveria ser 8,0.
Essa avaliação técnica, Sarah sentiu na prática, ao torcer o tornozelo direito quando caiu em um buraco. “As calçadas são horríveis, você não tem nem condições de andar de salto alto, por exemplo. Rampa de acessibilidade, então, é difícil encontrar, só mesmo em bancos e outros prédios públicos”, conta a comerciante.
O jovem Dayran Rozendo também já tem consciência de que algo precisa ser feito. Ele reclama da estrutura precária no trajeto que faz até a sua escola, o Atheneu Sergipense, e da falta de iniciativa dos gestores para garantir a segurança dos pedestres. “Eu faço esse percurso todo dia. A dificuldade na locomoção é por causa da falta de estrutura nas calçadas, que precisavam de uma normalização para acabar com os buracos e desníveis”, diz.
A regulamentação sugerida pelo estudante já foi pensada, desde 2017, pelo vereador Lucas Aribé (PSB), com o Projeto de Lei que propõe o Estatuto do Pedestre, elaborado em parceria com a ex-vereadora Kitty Lima. Apesar de se mostrar uma grande necessidade no dia a dia das pessoas e que impactar a qualidade de vida da população, a propositura foi rejeitada, no último dia 5, pela Câmara Municipal de Aracaju (CMA).
“O Estatuto do Pedestre foi rejeitado por birra política. Já o Plano de Recuperação das Calçadas, que entreguei ao prefeito Edvaldo Nogueira no começo do ano, também não recebeu a atenção devida apenas porque não sou seu aliado. Mas estou ao lado do povo de Aracaju e não vou me cansar de cobrar respeito ao direito de ir e vir que todos nós temos”, afirma Aribé.
A cobrança da vendedora é compartilhada por Ana Lícia Matos, que tem um irmão usuário de cadeira de rodas. Ela conta que precisa, por muitas vezes, disputar espaço com os veículos na via e arriscar a segurança de seu familiar. “No entorno do Centro da cidade, eu preciso carregar um parente junto com as bicicletas no meio da rua, isso não pode existir, é falta de acessibilidade. São calçadas esburacadas, com tijolos de cimento, que não dão condições a um cadeirante se locomover. Só quem passa é que sente a dificuldade”, desabafa.
Com problemas de saúde que geraram uma mobilidade reduzida, o aposentado Ronival Eusébio de Oliveira também sente a indignação pela falta de ações do poder público na recuperação das calçadas. “Já caí quatro vezes. Agora eu ando de muleta porque a cidade está cheia de buraco. Vejo muita gente cair e não dá em nada, ninguém faz nada”, reclama.
“Uma cidade caminhável é aquela onde todos os seus cidadãos têm condições plenas de se locomover com segurança e autonomia, como está previsto na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Infelizmente, essa não é a realidade da nossa querida Aracaju, simplesmente, pela falta de vontade política dos seus gestores”, completa o vereador Lucas Aribé.
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