Secretária Municipal de Saúde de Aracaju descarta epidemia de dengue

30/09/2015 20h51
Secretária Municipal de Saúde de Aracaju descarta epidemia de dengue
A8SE

O mês de maio foi o mês com maior número de casos notificados (Foto: Ascom/SMS)

Apesar das condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito da dengue, o trabalho intenso do Programa Municipal de Controle da Dengue impediu que a doença alcançasse níveis epidêmicos.

O trabalho foi realizado durante todo o ano pela Secretaria Municipal da Saúde, através de ações da força-tarefa em parceria com a EMSURB e EMURB, de segunda a sábado, das 8 às 17 horas, coletas de pneus de segunda a sexta, visitas domiciliares, bloqueio de casos e o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa).

"De acordo com os 6 LIRAas realizados esse ano, o grande problema está dentro das residências. A população precisa se conscientizar que é peça fundamental nesse controle, principalmente no período do verão, que é o de maior transmissão da dengue", alerta o secretário municipal da Saúde, Silvio Santos.

Este ano foi observado o deslocamento da transmissão da doença em maior número de notificações de março até julho, comparando com o histórico epidemiológico dos últimos 10 anos em que a doença se apresentava entre os meses de março até maio. O mês de maio foi o mês com maior número de casos notificados.

Para a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, apesar do aumento do número absoluto de casos de dengue, Aracaju apresentou diminuição no percentual dos casos graves este ano. "O número apresentado em 2011 foi de 2,6% de todos os casos confirmados, em 2010 este percentual foi de 8,2%, mostrando desta forma o cuidado tanto dos profissionais quanto da população no tratamento da dengue", enalteceu Taíse Cavalcante.

Sinais de Alarme

Entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, quando cessa a febre, podem surgir sinais de alarme como vômitos frequentes, dor abdominal intensa e contínua, desconforto respiratório, sonolência ou irritabilidade excessiva, hipotermia (temperatura baixa), sangramento de mucosas, diminuição da sudorese e derrames cavitários (líquido no pulmão, na barriga ou no coração).

"O sangramento de mucosas e as manifestações hemorrágicas, como sangramento nasal, gengivas, menstruação intensa, vômito com sangue, fezes com sangue, urina com sangue e outros, bem como a queda de plaquetas, podem ser observadas em todas as apresentações clínicas de dengue, devendo, quando presentes, alertar o médico para o risco do paciente evoluir para as formas graves da doença, sendo considerados sinais de alarme. A hidratação precoce e adequada é um fator determinante para a prevenção de casos graves e óbitos", esclarece Taíse Cavalcante.

É importante ressaltar que pacientes podem evoluir para o choque sem evidências de sangramento espontâneo ou prova do laço positiva, reforçando que o fator determinante das formas graves da dengue são as alterações nas veias, com extravasamento plasmático, que é à saída da parte líquida do sangue para o corpo, o que leva ao choque da dengue, que é a forma mais grave da doença.

Manual


De acordo com o Manual de Manejo Clínico do Paciente com Dengue do Ministério da Saúde, de 2011, uma pessoa que apresenta plaquetas a 100.000/mm3, tem febre, dor de cabeça e dor no corpo, mas que não apresenta sangramentos, nem sinais de alarme será tratada como caso suspeito, não sendo necessária internação.

"Nestes casos, a orientação médica é que o paciente faça a hidratação caseira, ingerindo muita água, sucos e até mesmo utilizando o soro caseiro. Ao persistirem os sintomas, o paciente deve retornar à Unidade dentro do período máximo de 24 a 48 horas, para reavaliação e, sendo detectados sinais de alarme, como vômito persistente depois que a febre cessa, tontura e dores abdominais, deve imediatamente procurar as Unidades de Pronto Atendimento", ressalta Taíse Cavalcante.


Fonte: Ascom/SMS

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