Polícia Federal solicita adiamento para concluir inquérito da morte de Genivaldo Santos

A vítima morreu asfixiado com gás lacrimogêneo após ser trancado no porta-malas de uma viatura da PRF. Vídeos flagraram toda a abordagem.

Por Carolina de Morais, Portal A8SE 21/06/2022 11h09
Polícia Federal solicita adiamento para concluir inquérito da morte de Genivaldo Santos

Nesta terça-feira (21), a Polícia Federal solicitou ao Ministério Público Federal a prorrogação do prazo para concluir o inquérito da morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal na BR-101, em Umbaúba (SE), no dia 25 de maio. O adiamento é de 30 dias.

A corporação está aguardando a apresentação de laudos periciais requisitados ao Instituto Médico Legal e à Diretoria Técnico-Científica da PF, que são "indispensáveis para a finalização da investigação".

Genivaldo foi abordado por conduzir uma moto sem uso de capacete. Apesar de imobilizado, vídeos mostram ele sendo trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e obrigado a inalar gás lacrimogêneo. A causa da morte, emitida pelo IML, apontou asfixia e insuficiência respiratória aguda.

Três agentes envolvidos na ação foram identificados e afastados das funções. Eles também prestaram depoimento à PF, além de outros dois agentes que assinaram o boletim de ocorrência, mas não participaram da abordagem. Em nota, o PRF havia afirmado que não compactua com as medidas adotadas pelos policiais.

Pedido de prisão

A Justiça Federal em Sergipe negou o pedido de prisão dos três policiais rodoviários federal. A solicitação foi feita pela defesa da família da vítima, que alegou suspeita de fraude processual.

A decisão considera que pedido de prisão preventiva dos agentes só deve ser solicitado pela autoridade policial e Ministério Público Federal (MPF).

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