Velório da cantora Paulinha Abelha em Sergipe é aberto ao público
A vocalista da banda Calcinha Preta ficou quase duas semanas hospitalizada em Aracaju e faleceu em decorrência de complicações provocadas por um quadro de insuficiência renal.

Em cerimônia aberta ao público, a cantora Paulinha Abelha, da banda Calcinha Preta, está sendo velada no Ginásio Constância Vieira, em Aracaju, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (24). Ela faleceu aos 43 anos em virtude de um quadro de comprometimento multissistêmico.

A morte foi confirmada pelo Hospital Primavera na noite desta quinta (23), onde estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na ocasião, amigos, familiares, fãs e integrantes do grupo realizavam uma vigília de oração em favor da recuperação, quando receberam a triste notícia do falecimento.
Famosos e autoridades lamentam a morte de Paulinha Abelha: 'O forró está de luto'

Nenhuma palavra será suficiente para expressar o sentimento imensurável de dor pela perda deste ser de luz. Muita honra para todos nós termos compartilhado a vida, a arte, a voz, a alegria, a amizade, o sorriso... Tantos momentos que ficarão na lembrança de cada um de nós. Vá em paz! Paulinha respirava a sua família, a arte e cultura, os fãs, o palco... Ela era tão leve, que o seu pouso nesta existência foi breve. Mas o suficiente para polinizar amor e paz em abundância. Foram 30 anos de carreira profissional e mais de duas décadas dedicadas à banda Calcinha Preta. E será eterna a sua colaboração na nossa música, na nossa vida.
Banda Calcinha PretaA despedida iniciou em um velatório localizado no centro da capital sergipana e, em seguida, seguiu para o ginásio, que tem capacidade para 6 mil pessoas. A expectativa é que os visitantes possam circular brevemente por um corredor até a saída do local.

Nesta sexta-feira (24), a continuação do cortejo acontece no Ginásio de Esportes José Maria, em Simão Dias, cidade natal da artista. O sepultamento também ocorrerá no município, no entanto, será restrito aos familiares e convidados.
Através de nota, a prefeitura municipal expressou profundo pesar e decretou luto oficial de três dias: "Paulinha Abelha [...] elevou o nome de sua terra natal além de fronteiras".
Internação
Paulinha Abelha foi hospitalizada no dia 11 de fevereiro, quando sentiu um mal-estar na turnê da banda Calcinha Preta em São Paulo e decidiu retornar de viagem. Dias depois, o diagnóstico de insuficiência renal evoluiu para um coma profundo e hepatite. Ao todo, foram 12 dias de internação.
Em entrevista ao programa Cidade Alerta da TV Atalaia, a irmã da cantora, Carla Abelha, comentou sobre os sintomas que ela estava sentindo antes de ser internada. “Chegou a informação de que ela estava se sentindo mal, vomitando e a gente imaginou que poderia ser uma gravidez. Quando chegou ao hospital, já foi identificado que tinha um probleminha nos rins e houve a insuficiência renal”, disse.
Durante uma coletiva, a imprensa questionou sobre a possibilidade de sequelas e a equipe responsável pelo tratamento da cantora respondeu que o maior desafio era "mantê-la viva". Os especialistas buscavam identificar as circunstâncias da encefalopatia severa, que resultou em uma lesão cerebral, e investigavam a possibilidade de uma intoxicação medicamentosa relacionada a tratamentos estéticos.
Nas últimas 24 horas, segundo nota divulgada pelo hospital, ela apresentou importante agravamento de lesões neurológicas. A morte encefálica foi confirmada após exames clínicos específicos.

Paulinha Abelha era casada com o modelo Clevinho Santos e sonhava em ser mãe.
Carreira
Natural de Simão Dias, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, conhecida como Paulinha Abelha, nasceu em 1978 e iniciou a carreira artística com apenas 12 anos em trios elétricos pela região.
Desde criança esbanjava simpatia em concursos escolares e cantava no coral da igreja. Ela teve passagens por bandas sergipanas de forró, como Flor de Mel, Furação e Panela de Barro, onde conheceu o cantor Daniel Diau.
Em 1998, teve o talento reconhecido pelo empresário e diretor da banda Calcinha Preta, Gilton Andrade. Com a banda, um dos grupos de forró eletrônico de maior sucesso no Brasil, gravou músicas como Baby Doll, Armadilha, Abra o Meu Coração e Louca Por Ti, tendo a sensualidade como uma de suas características marcantes.
Entre idas e vindas, a cantora ficou na banda por 17 anos e foi homenageada com uma música que leva seu nome, "Paulinha". O grupo de forró gravou um DVD de 25 anos em 2020 e estava retornando às agendas de shows após suspenderem as apresentações durante a pandemia.
✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp
Mais vídeos

Moradores de Propriá reivindicam instalação de redutores de velocidade em rua

Cine Walmir Almeida é inaugurado hoje no centro cultural de Aracaju

Hoje, 13 de maio, os católicos comemoram o dia de Nossa Senhora de Fátima

Direto de Brasília 13/05/25
