Paralisação de rodoviários na Grande Aracaju reivindica salários atrasados

Segundo a Setransp, outras quatro empresas prestadoras do transporte seguem em operação tentando atender a demanda dos passageiros atingidos pela paralisação.

Por Redação do Portal A8SE 14/10/2021 08h54
Paralisação de rodoviários  na Grande Aracaju reivindica salários atrasados

Mais de 900 trabalhadores de três empresas do Grupo Progresso, que opera no transporte coletivo na Grande Aracaju, paralisaram as suas atividades ainda nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (14). Os funcionários encontram-se em frente à sede da companhia, localizada na Avenida Marechal Rondon, a fim de reivindicar o cumprimento de direitos trabalhistas, a exemplo do pagamento de salários atrasados e o aumento do ticket de alimentação.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) informou que cerca de 146 ônibus não estão circulando e 43 linhas foram afetadas, ação que prejudicou principalmente a Zona de Expansão da capital sergipana. No último mês de setembro outra situação similar ocorreu com uma empresa operadora da região metropolitana.

Ainda segundo a Setransp, as demais quatro empresas prestadoras do transporte seguem em operação tentando atender a demanda dos passageiros, mas até o momento não há previsão de retomada da circulação regular.

Protesto

Motoristas, cobradores e equipes de manutenção afirmam que o ato de protesto têm como principal motivo a reivindicação salarial e os benefícios referentes ao mês de setembro. Os rodoviários aguardam um diálogo com representantes da empresa prestadora do serviço.

Sobre essa situação, o sindicato também faz um alerta quanto à situação atual de risco à sustentabilidade da categoria, que embora seja um serviço essencial tem enfrentado os efeitos econômicos negativos da pandemia da Covid-19 diante do acúmulo de débitos com fornecedores e impedimentos para pagar a folha salarial que, por sua vez, é resultado da ausência do aporte financeiro dos governos e a falta de isenção de tributos, como aconteceu em diversas capitais do país. Essa realidade tem gerado preocupação no setor que tem acompanhado todas as empresas prestadoras dando sinais de entrar em colapso e encerrar suas atividades.

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