Pais afirmam que perderam filha por falta de medicamento
Família lamenta morte de jovem (Tamiris)
Revolta, indignação e sensação de impotência. É assim que se sentem os pais de Adeilde Santos, 20 anos. A jovem morreu nesse final de semana, vítima de problemas cardíacos e pulmonares após esperar por meses que o Centro de Atenção a Saúde (CASE) liberasse o medicamento para dar continuidade ao tratamento.
"Passamos três meses aguardando a liberação do remédio Revatium passado pela médica. A gente fez o cadastro da menina e disseram que o pedido seria analisado e que logo dariam à resposta. Mas, depois de esperar tanto e presenciar o sofrimento da minha filha fui até lá e fui informado que o remédio não poderia ser liberado porque a médica passou errado", disse o pai da jovem, Altamiro Conceição dos Santos.
Ainda no Case, a família disse que foi orientada a voltar para o posto de saúde e pedir um novo receituário da médica. "A médica contestou, mas passou Viagra. Ela disse que o remédio também servia para o problema da minha filha. Voltei ao Case e mais uma vez o receituário foi reprovado", relata o pai.
Na manhã de sábado (24), Adeilde voltou a passar mal. "Ela acordou vomitando. Levei para o posto de saúde, mas como a situação era grave foi levada para o Hospital João Alves, onde recebeu atendimento. Ela chegou com falta de ar, mas depois que tomou uma medicação na veia melhorou", disse a mãe, a dona de casa, Lindinalva Santos.
Por volta das 16horas do mesmo sábado, a jovem pediu a mãe para ficar sentada na cama porque sentia dores nas costas. Sentou e chegou a ler, porém minutos depois disse que se sentia mal e desmaiou. "Levaram minha filha para outra sala e logo em seguida veio à notícia de que tinha morrido", disse.
CASE
O coordenador geral do Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (CASE), o médico, Alex França, disse que existe uma portaria do Ministério da Saúde de nº 2577 que estabelece os critérios para a liberação de medicamentos considerados de uso excepcional. "Por esta portaria o medicamento ‘Revatium` não é considerado de uso excepcional", disse o médico.
De acordo com o coordenador do CASE, o medicamento solicitado não era indicado para o problema de saúde de jovem. "O remédio seria para pacientes com hipertensão pulmonar primária e não secundária, como era o caso da paciente em questão", enfatiza ao ressaltar que não houve demora entre a solicitação e a análise para liberação. "O tempo foi normal nestes tipos de procedimento", disse.
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