Nestor Piva tem atendimento suspenso após fiscalização

De acordo com a equipe de fiscalização, os médicos vão continuar de plantão, mas não fazer atendimento a população.

30/09/2015 21h56

A falta de estrutura da Unidade de Saúde Nestor Piva provocou a suspensão do atendimento no local. Na noite dessa terça-feira (25) o plantão foi fechado após uma fiscalização do Ministério Público, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem e do Sindicato dos Médicos.

 

Na Unidade os profissionais denunciaram as péssimas condições de trabalho. Uma técnica de enfermagem, que não quis ser identificada, afirmou que no local existe um paciente diagnosticado com tuberculose, mas está internado junto com os demais pacientes. “Não temos como cuidar do paciente, pois não há máscara específica, além disso, ele está com outros pacientes que podem ser contaminados, assim como os profissionais”, alertou a técnica.

 

Outra profissional também relatou problemas na Unidade de Saúde. “Essa situação aqui é antiga. Faltam equipamentos e também medicamentos básicos. Temos pacientes internados sem receber nem mesmo antibióticos”, denunciou.

 

Todas as denúncias foram confirmadas pela equipe de fiscalização, que optou pela interdição do local para que as adequações sejam realizadas. Para a coordenadora de fiscalização do CRM, Simone Beatriz, a Unidade não oferece as condições mínimas para o atendimento básico. “A situação estrutural aqui é incompatível para a realização da medicina, pois faltam materiais e estrutura para exames”, declarou a coordenadora.

 

De acordo com a equipe de fiscalização, os médicos vão continuar de plantão, mas não fazer atendimento à população. “Eles só vão fazer o atendimento de retaguarda dos pacientes que já estão internados. Até porque não há condição de novos atendimentos, pois eles precisam de condições mínimas de trabalho”, afirmou Simone Beatriz.

 

Foi dado o prazo e 15 dias para que a direção da Unidade de Saúde regularize a situação do Nestor Piva, para que pelo menos o atendimento básico volte a ser realizado no local.

 

“Acredito que nesse prazo a direção vai conseguir resolver muita coisa, mas eles só vão voltar a atender após uma nova fiscalização”, concluiu a coordenadora de fiscalização do CRM.

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