Crescimento nas compras online com cartões aumenta endividamento dos sergipanos, afirma Fecomércio
O estudo mostrou uma elevação de 130% do volume de vendas em estabelecimentos comerciais sergipanos que trabalham com comércio eletrônico

O período de pandemia promoveu diversas mudanças na vida econômica das famílias, fazendo com que os consumidores buscassem alternativas para fazer suas compras, principalmente na modalidade online, que em Sergipe, de acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio, apontou a elevação de 130% do volume de vendas em estabelecimentos comerciais sergipanos que trabalham com comércio eletrônico. O crescimento das vendas no comércio online promoveu o aumento natural no endividamento das famílias sergipanas, que cresceu 6,6% no ano de 2020, atingindo o indicador de 75,7% de endividamento entre as famílias do estado.
De acordo com análise da assessoria executiva do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o endividamento familiar dos sergipanos, tomando como base a região de Aracaju, subiu de 69,1% para os 75,7% atuais. O indicador é o mais alto em variação anual dos últimos cinco anos, no comparativo entre os meses de janeiro de 2017 a 2021. A compra com cartões de crédito no comércio eletrônico foi o principal fator que provocou o maior uso da capacidade de endividamento familiar. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, explicou como funciona a relação do endividamento com o aumento das compras pelo e-commerce.
“A pandemia ensinou as pessoas a fazerem compras pelo comércio eletrônico e isso implicou no aumento das compras com cartões de crédito. Esse aumento no endividamento é natural, de acordo com o que estudamos todos os meses com nossa equipe técnica. Outras modalidades de pagamento estão em recuo, enquanto a compra com cartões cresce. Isso também se deve à facilidade para as famílias poderem pagar suas compras de forma parcelada ou no crédito rotativo, renovado a cada mês. Com o crescimento nas compras pela internet, maior o uso do cartão de crédito. A prova disso é que nunca se vendeu tanto pela internet, como nesse período do isolamento social decorrente da pandemia”, afirmou Laércio Oliveira.
Tipos de Dívida
Os cartões de crédito lideram de forma absoluta a capacidade de compromissos das pessoas, com 93,4% do endividamento familiar, seguido pelas operações de crédito pessoal, com 15,6%, e compras por carnês, que fazem parte de 11,2% das famílias, devido ao aumento de compra na modalidade de crédito direto nas lojas, o conhecido crediário, que voltou a crescer entre as famílias depois da abertura das lojas do comércio, com as vendas diretas ao público. Outros tipos de dívidas, somados, perfazem 17,9%. O somatório é superior a 100% das famílias, considerando o fator indicativo que é normal que as famílias possuam mais de um tipo de dívida. Quase um quarto da população, de acordo com a amostragem analisada, não possui dívidas, sendo 24,3% das unidades familiares.
Nível de endividamento
De acordo com a PEIC, o nível de endividamento das famílias está entre baixo e médio. 62,7% dos entrevistados informaram que as dívidas familiares estão nesse patamar. Já 13% das famílias se encontram em nível de endividamento alto. O percentual médio da renda comprometida com o pagamento de compromissos é de 30,5% da dotação familiar. Laércio Oliveira comentou os resultados.
“Quando a família está com menos da metade da renda comprometida com pagamento de dívidas, é sinal indicativo de que está com endividamento mediano, e a grande maioria das pessoas no estado se encontram nesse nível. Temos um bom número de famílias sem dívidas, sendo uma em cada quatro, o que nos leva a entender que são aqueles que preferem fazer suas compras à vista”, afirmou.
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