Caso Genivaldo: 4º dia de julgamento dos ex-policiais acontece em Estância
Estava previsto o depoimento de cinco testemunhas
Nesta sexta-feira (29), ocorreu o 4º dia de julgamento dos ex-policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus. O júri popular acontece no Fórum Ministro Heitor de Souza, no município de Estância.
Estava previsto o depoimento de cinco testemunhas: três indicadas pelo Ministério Público Federal e pela assistência de acusação, e duas pela defesa de um dos investigados. Durante o dia, a sessão precisou ser suspensa devido a discussões entre os profissionais de defesa e acusação. Em determinado momento, o juiz responsável pelo caso teve que conduzir as partes para uma reunião.
Devido a essa situação, das testemunhas previstas para prestar depoimento, até o momento, apenas três foram ouvidas.
Relembre o caso
No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo foi abordado pela PRF na BR-101, em Umbaúba, por estar pilotando uma motocicleta sem capacete. Os policiais o imobilizaram, amarraram suas mãos e pés, e o colocaram dentro do porta-malas da viatura, onde foram liberados gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Uma câmara de gás improvisada causou a morte de Genivaldo por asfixia mecânica e insuficiência respiratória, como apontou o Instituto Médico Legal (IML).
O caso ocorreu exatamente dois anos após a morte de George Floyd, um homem negro que também foi assassinado por policiais durante uma abordagem nos Estados Unidos. Embora as circunstâncias das duas mortes sejam distintas, ambas carregam a mesma dor e revolta, com repercussão internacional.
Os três policiais envolvidos foram presos e estão detidos no Presídio Militar (Presmil). Eles alegaram que não tinham a intenção de matar Genivaldo e afirmaram acreditar que a vítima não morreria durante a abordagem.
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