Cacique-Chá é reaberto durante solenidade em Aracaju

Fundado na década de 1950 como casa de chá, o Cacique Chá era um dos restaurantes mais finos da sociedade sergipana à época.

30/09/2015 22h34
Cacique-Chá é reaberto durante solenidade em Aracaju
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Os 160 anos de Aracaju foram marcados pela reabertura do Cacique Chá e inauguração do Memorial Jenner Augusto. O governador Jackson Barreto inaugurou o espaço, que funcionará como restaurante-escola. A solenidade ocorreu na tarde de terça-feira 17 e reuniu autoridades e secretários de Estado.

 

Reformado pelo governo do Estado, o Cacique Chá será administrado pelo sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe  e funcionará como uma unidade da escola de gastronomia do Senac, no qual os alunos dos cursos de formação de culinaristas, garçonaria, e curso de turismo trabalharão em um espaço que aliará o prazer do encontro com o enriquecimento cultural.

 

Em seu discurso, Jackson ressaltou que o espaço é um símbolo da sergipanidade. “Nenhuma data seria tão oportuna para entregar aos aracajuanos esse restaurante escola e o memória Jenner Augusto do que o dia em que comemoramos a emancipação política da capital. A sergipanidade nos une. Infelizmente, Jenner não está aqui conosco, mas sua memória não será esquecida. Quero lembrar também de Marcelo Déda, que foi quem iniciou a ideia de reforma do Cacique Chá. Agradeço ao Senac por essa parceria, onde vamos oferecer cursos profissionalizantes. Esse é um grande presente para Aracaju”, disse.

 

 

No local funcionará também o Memorial Jenner Augusto, em homenagem ao artista de maior expressão da história contemporânea de Sergipe. Na galeria de arte montada no restaurante, diversas obras de Jenner serão colocadas em exposição sob a curadoria de Mário Brito, colecionador de obras de Jenner Augusto. O espaço funcionará com equipamentos de cozinha de alta tecnologia, para que as obras de Jenner Augusto não sofram desgaste ou danos provocados pelo preparo dos alimentos.

 

Na ocasião, foi lançado um livro que contará a história do lugar que é considerado o maior ponto de encontro e responsável por momentos de muita alegria para os sergipanos.

 

Agradecimento 

 

O filho mais velho de Jenner Augusto, Guel Silveira, agradeceu em nome da família a iniciativa do governo em restaurar o Cacique Chá, onde estão abrigados em suas paredes os painéis do pai dele, que representam a evolução do modernismo no Brasil. “Agradeço ao povo de Aracaju, não apenas o carinho, mas o reconhecimento que tem tido com a obra de meu pai”, enfatizou.  

 

O prefeito de Aracaju, João Alves Filho, também participou da solenidade e agradeceu ao governo e ao Senac pela iniciativa de resgatar o Cacique Chá.

 

O presidente da Fecomércio, deputado federal Laércio Oliveira, afirmou que a entrega do Cacique Chá representa o resgate da arte, da cultura e da gastronomia sergipanas. Para ele, O Bistrô e o Memorial Jenner Augusto são o resultado de uma parceria público privado bem sucedido, em que, além de preservar o patrimônio cultural com a recuperação das obras do grande artista plástico, vai colocar no mercado de trabalho profissionais treinados para atuarem nas áreas de lazer e gastronomia. 

 

Reforma

 

Em julho de 2014,  o Governo do Estado entregou a reforma do Cacique Chá, que compreendeu o a recuperação do imóvel e a restauração dos painéis do artista plástico sergipano Jenner Augusto. A recuperação do prédio foi uma ação executada pelo Estado de Sergipe, com recursos da ordem de R$ 319.653,66, resultado de Convênio firmado com o Ministério do Turismo.

 

Na ocasião, foi firmado Termo de Autorização de Uso com o Senac para transformá-lo em Café-Escola e Espaço Cultural Jenner Augusto, administrado pelo Senac, no qual as obras de Janner Augusto terão um lugar de destaque. Assim, o prédio passará a ser local de alta gastronomia, ponto turístico e de encontro, mas também um lugar de formação profissional, espaço para as artes e fortalecimento cultural do povo de Aracaju.

 

Cacique Chá

 

Fundado na década de 1950 como casa de chá, o Cacique Chá era um dos restaurantes mais finos da sociedade 

sergipana à época. Na década de 1980, o Cacique passou a reduto da boêmia sergipana, quando alcançou seu apogeu por reunir pensadores e artistas consagrados.

    

 

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