Policiais civis de Sergipe são suspeitos de matar advogado na Paraíba
O caso aconteceu durante uma operação policial
Na última terça-feira, 16, um advogado foi morto na cidade de Santa Luzia, no sertão da Paraíba, e a suspeita é que os autores foram policiais civis de Sergipe.
A vítima é Gefferson Moura, de 32 anos. Ele foi morto em uma barreira policial, durante uma operação realizada por policiais do Departamento de Narcóticos, da Polícia Civil de Sergipe. O corpo do advogado foi deixado no hospital do município por homens que se identificaram como policiais sergipanos.
O crime aconteceu quando Gefferson estava indo para Cajazeiras, onde nasceu, pegar o pai, que foi diagnosticado com covid-19, para levá-lo ao médico. No caminho, por volta das 20h30, a vítima parou na cidade de Soledade para jantar e enviou um áudio para a família. Entre o munícipio que ele estava e a região em que o fato aconteceu, são cerca de 70 quilômetros.
“O corpo de Gefferson foi jogado na calçada do hospital, um hospital-maternidade, que não é para receber vítima de arma de fogo. A gente espera que os dois estados, da Paraíba e de Sergipe, expliquem esse assassinato”, conta Geraldo Quirino, tio da vítima e também advogado que acompanha o caso.
De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, não houve nenhuma participação das equipes paraibanas na operação e uma investigação foi aberta para apurar o caso.
“O delegado de Sergipe, assim que contestou o óbito da vítima no hospital, foi até a delegacia. Apresentou o veículo, a sua arma e também a arma que teria sido encontrada com a vítima. Na perícia do veículo já foram encontrados dois projéteis de arma de fogo e uma cápsula. Vamos investigar se a pistola apresentada como da vítima seria realmente dela.”, explica o delegado da delegacia de Homicídios de Patos, na Paraíba, Gaudêncio Neto.
O tio de Gefferson nega que a arma encontrada tenha sido dele. “Convivia com ele e nunca vi ele armado, nem vi nenhuma arma no carro dele”, afirma.
O delegado Thiago Leandro, da Polícia Civil de Sergipe, explica que a operação buscava encontrar uma quadrilha especializada no tráfico de drogas no Nordeste e, por isso, os policiais montaram uma barreira na cidade paraibana.
“Gefferson estava armado com uma pistola e teria esboçado alguma reação. Nossos policiais reagiram. A Polícia Civil presta qualquer esclarecimento necessário em relação aos fatos, visando sempre a transparência das nossas ações policiais.
O Ministério Público da Paraíba instaurou um procedimento administrativo para acompanhar a investigação.
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