1° dia de Júri Popular de Ex-PRFs acusados pela morte de Genivaldo Santos acontece em Estância
Julgamento começou às 8h no Fórum Ministro Heitor de Souza, 2 anos e meio depois do caso
Na manhã desta terça-feira (26), os ex-policiais rodoviários federais envolvidos na ação que culminou na morte de Genivaldo Santos, no município de Umbaúba, são julgados em Júri Popular.
O primeiro dia do julgamento começou às 8h, no Fórum Ministro Heitor de Souza, em Estância, 2 anos e meio depois da morte trágica de Genivaldo.
Acusados de abuso de autoridade e homicídio qualificado, Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho e William de Barros Noia foram demitidos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em agosto do ano passado após determinação de Flávio Dino, à época, ministro da Justiça. Eles estão presos desde o dia 14 de outubro de 2022.
O advogado da família de Genivaldo, Ivis Melo, disse que a expectativa é que a justiça seja feita.
"Todo o acervo probatório, junto com a perícia feita pela criminalística, o Instituto Médico Legal e as imagens disponíveis no momento do fato deixam claro que houve uma morte cruel", relatou o advogado de acusação.
O advogado de defesa do réu Paulo Rodolpho, Rawlinson Ferraz, afirmou que irão trazer as provas para que os jurados possam tomar suas decisões.
" A defesa irá atuar de uma maneira muito serena, equilibrada, tranquila e técnica. É um caso emblemático que envolve muitas questões técnicas e dos policiais que estão nas ruas diariamente", afirmou o advogado de defesa.
O julgamento iniciou com o sorteio e instalação dos sete jurados, seguida do depoimentos da testemunhas de acusação e da defesa ao longo do dia. A previsão é que o julgamento demore cerca de seis dias.
Muitos familiares e protestantes estiveram presentes na frente do Fórum, carregando cartazes com os dizeres "Genivaldo, eles te calaram ... Agora nós somos a sua voz".
Relembre o caso
No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo foi parado pela PRF na BR-101, em Umbaúba, por estar pilotando uma motocicleta sem capacete. Os policiais o imobilizaram, amarraram as mãos e os pés dele e o colocaram dentro do porta-malas da viatura, onde foram liberados gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
Uma câmara de gás improvisada foi o que provocou a morte de Genivaldo por asfixia mecânica e insuficiência respiratória, como apontou o Instituto Médico Legal (IML).
O caso ocorreu exatamente dois anos após a morte de George Floyd, homem negro que também foi assassinado por policiais durante uma abordagem, nos Estados Unidos. As duas mortes parecem distintas, mas carregam a mesma dor e revolta de proporção internacional.
Os três policiais envolvidos foram presos, estão detidos no Presídio Militar (Presmil) e afirmaram que não tinham intenção de matar Genivaldo. Eles disseram que achavam que a vítima não chegaria à morte.
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