México anuncia oitava morte pela gripe suína; governo prevê queda no PIB

O número de mortos no México pela gripe suína subiu de sete para oito, informou nesta quarta-feira o secretário de Saúde, José Ángel Córdova, em entrevista coletiva. Ele havia anunciado na segunda-feira que havia 22 mortes no país pela doença e teve de voltar atrás nesta terça, mas disse que agora os métodos para a detecção com "determinação genômica" dão às autoridades uma "ideia mais objetiva" sobre os casos reais.
O México é o país mais atingido pela doença e o foco provável dos casos registrados em outros oito países. Apenas nesta quarta-feira foi registrado o primeiro caso de vírus em uma pessoa que não esteve no país, um espanhol provavelmente infectado por ter entrado em contato com um doente que visitou o México.
Relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgado na tarde desta quarta-feira informou que oito pessoas haviam morrido em consequência da gripe suína --as sete no México e um bebê mexicano nos Estados Unidos--, e um total de 148 casos comprovados no mundo: Estados Unidos (91), México (26), Áustria (1), Canadá (13), Alemanha (3), Israel (2), Nova Zelândia (3), Espanha (4) e Reino Unido (5). A organização também elevou para o segundo nível mais alto o alerta de pandemia.
Incluídas as oito pessoas que morreram em consequência da gripe suína, Córdova disse que o número confirmado de pessoas infectadas com o vírus no país chegou a 99.
O secretário de Saúde afirmou que o México está usando agora métodos eficientes para a detecção do vírus suíno, que tornaram possível a detecção desses casos. Ele disse que nesta quinta-feira serão feitos mais 140 exames. O número de mortes suspeitas no país é de 176, e há mais de 2.000 casos suspeitos de infecção.
Para tentar impedir o alastramento da doença, o governo mexicano anunciou novas medidas nesta quarta-feira, como a suspensão dos trabalhos na administração pública federal entre esta sexta-feira e a próxima terça (5). Córdova pediu que também os governos dos 32 Estados e dos mais de 2.500 municípios mexicanos suspendam as atividades.
O ministro da Fazenda, Agustín Carstens, disse que o governo vai "assegurar o fornecimento de gasolina" e o trabalho da polícia, do Exército, da Marinha, da estatal petrolífera Pemex, das alfândegas, da receita Federal e dos mercados financeiros e que os responsáveis de cada ministério decidirão "as atividades que não são essenciais e que deixarão de fazer".
Além disso, ele assegurou que seguirão funcionando serviços básicos como transportes, abastecimento de alimentos, hospitais, serviços financeiros, postos de gasolina ou meios de comunicação, entre outros. No entanto, segundo o jornal mexicano "Reforma", o metrô da Cidade do México registrou uma queda de até 60% no número de usuários desde sábado, quando se tronaram públicos muitos casos da gripe suína.
"Nós começamos a medir a circulação desde o sábado, e detectamos que temos entre 40% e 50% circulação, ou seja, de 5 milhões, temos diariamente entre 2 milhões e 2,5 milhões de usuários", disse Francisco Bojórquez, diretor de transporte, segundo o reforma.
A queda da circulação reflete o temor da população de ser infectada e medidas duras tomadas pelo governo para conter a disseminação do vírus. Nesta terça-feira, o governo determinou o fechamento de restaurantes na Cidade do México, e manteve a suspensão das aulas em todo o país até o próximo dia 6 de maio.
A Federação Mexicana Futebol decidiu também que os jogos de futebol do próximo fim de semana serão realizados sem público em todo o país. No último fim de semana, os jogos com portões fechados se limitaram à capital e ao Estado de Pachuca.
Restaurantes, bares e qualquer estabelecimento que venda comida e bebida na capital mexicana tiveram de fechar as portas e só oferecem o serviço de entrega em domicílio.
Outro passo importante foi o fechamento "até nova ordem" de todos os sítios arqueológicos, no México, incluindo o complexo de pirâmides de Teotihuacan (centro), anunciou que o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
Impacto na economia
As medidas restritivas tomadas pelo governo para conter a gripe suína e os efeitos da doença sobre o turismo e o comércio exterior preocupam o governo do México, país que está sendo duramente afetado pela crise financeira global. Nesta quarta-feira, o governo previu que a gripe suína terá um impacto negativo de 0,3% a 0,5% no PIB (Produto Interno Bruto).
"Definitivamente vai haver um impacto, mas não sabemos exatamente qual será", disse Carstens. "A magnitude do evento vai depender da duração e da propagação da epidemia, mas deve ser de entre 0,3% e 0,5% do PIB se o episódio durar até três meses."
Em uma estimativa que não levou em conta os efeitos da gripe suína, o anunciou o Banco do México (central) anunciou nesta quarta-feira uma projeção de encolhimento entre 3,8% e 4,8% do PIB em 2009. A estimativa mais recente era de uma contração máxima de 1,8%.
Para 2010, segundo o banco projetou que a economia terá um início de recuperação com possível expansão entre 1,5% e 2,5%.
Fonte: Reuters
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