Juro médio do rotativo do cartão sobe em fevereiro para 450,6% ao ano, aponta BC

Apesar da alta dos juros, foi determinado um limite de 100% para as taxas de juros do rotativo

Por Redação Portal A8SE e R7 10/04/2025 06h27

O Banco Central (BC) divulgou que a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito voltou a subir e chegou a 450,6% ao ano em fevereiro. O indicador subiu 9,6 pontos percentuais em relação a janeiro, quando a taxa era de 441% ao ano.

Na prática, uma dívida no cartão de crédito que não é paga na data certa pode crescer até cinco vezes em um ano. Por exemplo, quem devia R$ 800 em janeiro do ano passado teria que pagar R$ 4.404,80 após um ano, com juros de R$ 3.604,80.

Para tentar conter esse aumento, o Conselho Monetário Nacional limitou, em dezembro de 2023, os juros do rotativo a 100% do valor da dívida. A regra vale para dívidas feitas a partir de janeiro de 2024. Assim, se a pessoa deve R$ 200, o máximo que poderá pagar, com juros e encargos, será R$ 400.

Os dados das Estatísticas Monetárias e de Crédito ainda mostram taxas altas. Isso acontece porque o BC calcula os juros anuais com base nos valores mensais, o que pode dar a impressão de que os bancos estão cobrando além do permitido.

Ainda segundo o BC, essas taxas mais altas nem sempre se concretizam, já que muitas dívidas no cartão são quitadas em poucos dias ou semanas, período em que os juros ainda são altos, mas não atingem os valores máximos.

Cheque especial

O cheque especial, segunda linha de crédito mais cara disponível no mercado, que está embutida na conta-corrente dos brasileiros, também subiu em fevereiro. Os juros médios chegaram a 144,4% ao ano, 8,8 pontos percentuais a mais do que o registrado em janeiro.

No cheque especial, uma dívida de R$ 800 mantida por um ano sem pagamento salta para R$ 1.955,20.

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