Alexandre de Moraes é sancionado pelos EUA por supostas violações de direitos humanos
Departamento do Tesouro dos EUA acusa o ministro do STF de censura, prisões arbitrárias e perseguição política

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, anunciou nesta semana sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi tomada com base na Lei Magnitsky, que permite ao governo norte-americano punir indivíduos acusados de graves violações de direitos humanos em outros países.
De acordo com o comunicado oficial, Moraes é acusado de restringir a liberdade de expressão, autorizar prisões arbitrárias e conduzir processos considerados politicamente motivados. O OFAC cita especificamente decisões relacionadas ao julgamento da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, além de ações contra empresas de redes sociais dos Estados Unidos.
“O ministro Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados – inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, afirmou o Secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Com a sanção, qualquer ativo que Alexandre de Moraes possua nos Estados Unidos será bloqueado. Além disso, empresas sob seu controle direto ou indireto (com participação de 50% ou mais) também terão suas atividades suspensas no território americano.
A decisão do governo norte-americano repete argumentos usados por Bolsonaro, que afirma ser alvo de perseguição política. O ex-presidente é investigado por supostamente tentar reverter o resultado das eleições de 2022, nas quais foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.
A medida foi anunciada às vésperas da entrada em vigor de tarifas comerciais impostas pelos EUA contra o Brasil, o que adiciona tensão ao cenário diplomático entre os dois países.
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