Exposição “Casas Modernas de Aracaju: primeiros ensaios” começa nesta quinta-feira, 06

Por Lapem 06/12/2018 08h06
Exposição “Casas Modernas de Aracaju: primeiros ensaios” começa nesta quinta-feira, 06

O verbete “documentação” é defino, no Dicionário Iphan do Patrimônio Cultural, “como prática com e/ou sobre algum documento ou conjunto documental”, que não se limitar ao ato de registrar um conjunto de informações, mas que para além disso, assume “a função de representar ideias e objetos que nos informam sobre algo”. Nesse sentido, é importante reconhecer a importância e o papel que o documento assume na historiografia contemporânea, assim como as técnicas e tecnologias que dispomos para o registro e a transmissão de informações, cuja guarda, conservação e disponibilidade estão garantidos pela Constituição Federal de 1988.

O trabalho dedicado ao patrimônio desenvolve-se, essencialmente, através e devido a certo conjunto de documentos sobre dado bem cultural sendo está uma condição indispensável para ações de conservação e restauro de bens patrimoniais. São diversos os tipos de documentos e as formas de documentar. As informações devem, portanto, estar ao acesso de todos, condição fundamental para o exercício pleno da cidadania e para construção de identidades locais e/ou globais. Dispomos, portanto, de um conjunto amplo de possibilidades para documentação: textos, filmes, discos magnéticos etc. Interessa-nos neste momento discutir sobre as tecnologias da documentação em arquitetura, mais especificamente, do patrimônio arquitetônico.

Desde o desenho de observação, levantamento cadastral, levantamento fotográfico, relatos orais, filmagens e às tecnologias mais avançadas de scaneamento 3D, a documentação é fruto de um processo de construção narrativa que necessita ser relativizada a partir de uma autoria, ferramenta de suporte e contexto histórico. Como concluiu Hilário Figueiredo em verbete para o Dicionário Iphan,

Articulada à atividade de pesquisa, a documentação se mostra um bem cultural imprescindível para as ações preservacionistas do patrimônio. Ambas se nutrem reciprocamente, na medida em que podem trazer à tona registros do passado e do presente, suscitando questionamentos, reflexões, olhares, percepções e problematizações sobre os nossos diversificados acervos. Ações estas que são fundamentais para a constante produção do conhecimento interdisciplinar a partir das múltiplas (re)apropriações desse bem bastante emblemático das nossas memória e história: a documentação.

Assim, como objetivo de ampliarmos o debate local sobre a Documentação em Arquitetura, o II Seminário do Grupo de Pesquisa LaPEM (Laboratório de Projeto, Ensino e Memória vinculado ao DAU/UFS), traz o tema Tecnologias da Documentação com foco em estudos de bens arquitetônicos e sítio urbanos de interesse cultural em Sergipe, há realizar-se entre os dias 06, 07 e 08/12/2018. Nesses dias executaremos a montagem da exposição “Casas Modernas de Aracaju: primeiros ensaios” (no átrio do Museu a partir do dia 07/12/2018) e apresentação de palestras e vídeos no Auditório (durante os dias 06/12 manhã; 07/12 manhã e tarde; 08/12 manhã).

Público estimado: 120 participantes.

O evento será gratuito.

Para realização deste evento, que vem complementar e ampliar o debate anterior (I Seminário LaPEM: Arquitetura Moderna em Aracaju), contamos com a participação do Instituto Banese como apoiador e fomentador da cultura sergipana abrigando mais uma vez este evento cujo objetivo maior é tornar acessível toda a informação coletada e/ou produzida através de nossas pesquisas à sociedade de forma ampla. Assim, descrevemos a seguir nossa programação (ainda em fase de elaboração). 

Temas e Títulos das Palestras

 

06/12/2018 (quinta-feira), às 9:00 – 12:00:

Local: Museu da Gente Sergipana

Abertura do evento com os Coordenadores do LaPEM.

Mesa: “Tecnologias da Documentação”

            PIBIC 2017/2018 Pablo Galvão

 

06/12/2018 (quinta-feira), às 14:00 – 17:00

Local: Centro Cultural de Aracaju.

Exibição do documentário “Crônica da Destruição”

 

07/12/2018 (sexta-feira), às 9:00 – 12:00:

Local: Museu da Gente Sergipana

Mesa: “Documentação e Pesquisa”

 

07/12/2018 (sexta-feira), às 13:00 – 17:00:

Local: Museu da Gente Sergipana

Mesa: “Documentação e Prática Projetual”

 

08/12/2018 (sexta-feira), às 9:00 – 12:00:

Local: Museu da Gente Sergipana

Mesa: “Tecnologias da Documentação em Perspectiva”

Conferencista Prof. Dr. Arivaldo Leão (Título: Tecnologias da Documentação: em perspectiva).

Exibição do Documentário “Minha Aracaju Moderna”.

 

Exposição “Casas Modernas de Aracaju: primeiros ensaios”

A exposição “Casas Modernas de Aracaju: primeiros ensaios”, foi concebida como parte dos resultados do projeto de extensão “Reconhecendo o patrimônio moderno de Aracaju através da educação patrimonial” coordenado pela professora Carolina Marques Chaves Galvão no período de 09/08/2018 a 05/12/2018. A exposição é fruto de um trabalho coletivo e colaborativo, a saber:

 

O objetivo dessa exposição é apresentar, ainda que através de uma pequena janela no tempo (1950-1960) algumas experiências do morar moderno em Aracaju, para o qual foram selecionadas algumas residências construídas no mencionado período e que representam importante processo de incorporação de uma nova linguagem de arquitetura à paisagem da cidade (Arquitetura Moderna), bem como a ocupação de novas áreas urbana (Bairro São José). Atualmente o bairro São José representa uma área urbana diversificada não apenas por seus serviços e comércio, mas por apresentar importantes extratos da memória urbana coletiva guardando importantes exemplares do patrimônio material da cidade de Aracaju como documento vivo de um passado recente. Acreditando que a ativação da memória é uma das ferramentas mais potentes para a preservação, esse trabalho vem contribuir com a ampliação das narrativas atuais sobre Arquitetura Moderna em Aracaju e documentar para seus habitantes e visitantes parte de seu patrimônio cultural.

 

Ao contarmos com a colaboração do Departamento de Libras, através da professora Mônica de Góis Silva Barbosa, poderemos receber visitantes com deficiência auditiva sendo possível dar acesso ao conteúdo da exposição e ampliando nossa ação educativa.

 

A confecção de maquetes físicas (corte a laser em mdf) e impressão de modelos 3D (arq. David Dória) também será possível levar as informações sobre este patrimônio cultural para os deficientes visuais. Assim, acreditamos também cumprir com nosso dever não apenas como educadores, mas como cidadãos.

 

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