Bolsonaro exonera diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo
O presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerar o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Maurício Valeixo, que chegou ao cargo indicado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A decisão foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta sexta-feira (24).
Maurício Valeixo foi escolhido por Moro para o cargo no final de 2018, no governo de transição. O delegado comandou a Dicor (Diretoria de Combate do Crime Organizado) da PF e foi Superintendente da corporação no Paraná, responsável pela Lava Jato, até ser convidado pelo ministro, ex-juiz da operação, para assumir a diretoria-geral.
Embora a indicação para o comando da PF seja uma atribuição do presidente, tradicionalmente é o ministro da Justiça quem escolhe. Moro fará um pronunciamento às 11h desta sexta.
Valeixo já havia tratado de sua saída do cargo de diretor-geral da corporação com Moro, que tentava encontrar um nome de sua confiança para o posto. A conversa ocorreu no início do ano. O delegado, amigo do ministro, demonstrou exaustão, reportando-se a um 2019 tenso na direção da corporação.
Interlocutores de Valeixo dizem que a tentativa de substituí-lo ocorre desde o início do ano, mas que não teria relação com o que aconteceu no ano passado, quando Bolsonaro tentou pela primeira vez trocá-lo por outro nome. Na ocasião, o presidente teve que recuar diante da repercussão negativa que a interferência no órgão de investigação poderia gerar.
Nesta quinta (23), Valeixo reuniu-se com os 27 superintendentes regionais nos Estados por videoconferência. Também participaram os delegados federais que ocupam diretorias estratégicas da PF.
O diretor-geral descartou com veemência que sua saída seja movida por pressões políticas. Ele afastou rumores de que sua disposição em dar adeus à cadeira número 1 estaria relacionada à uma reação de aliados de Bolsonaro por causa de investigações que incomodam o Planalto.
No ano passado, após Bolsonaro antecipar a saída do superintendente da corporação no Rio de Janeiro, ministro e presidente travaram uma queda de braço pelo comando da PF.
Em agosto, o presidente antecipou o anúncio da saída de Ricardo Saadi do cargo, justificando que seria uma mudança por “produtividade” e que haveria “problemas” na superintendência. A declaração surpreendeu a cúpula da PF que, horas depois, em nota, contradisse o presidente ao afirmar que a substituição já estava planejada e não tinha “qualquer relação com desempenho”.
Nos dias seguintes, Bolsonaro subiu o tom. Declarou que “quem manda é ele” e que, se quisesse, poderia trocar o diretor-geral da PF.
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