Pesquisadores da UFS desenvolvem reanimador automatizado para assistência a pacientes com covid-19

Pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica da UFS desenvolveram um equipamento de baixo custo e rápida montagem para auxiliar a assistência a pacientes com insuficiência respiratória por causa da covid-19. Trata-se de um reanimador automatizado, que tem como base o protótipo de um ventilador de campanha, modelado pelo Inesc Tec (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência), situado em Portugal.
A tecnologia foi desenvolvida no âmbito do projeto Fasten Vita, do Inesc P&D Brasil. A iniciativa do instituto de ciência e tecnologia sem fins lucrativos reúne mais de 40 pesquisadores de 12 instituições de ensino superior do país, que trabalham, de forma colaborativa, na fabricação de produtos no enfrentamento à pandemia do coronavírus.
“A ideia do projeto foi criar um sistema que fosse simples para ser usado para respostas em casos de emergência. Então, a ideia da gente foi pegar um AMBU (Unidade Manual de Respiração Artificial) e automatizar a movimentação dele, que vai ser quem vai fornecer o ar para o paciente. A priori, a gente não precisa, por exemplo, de linhas de ar comprimido hospitalar, porque o ar vai ser fornecido pelo AMBU”, explica o professor de engenharia elétrica da UFS, José Gilmar Nunes de Carvalho Filho.
O pesquisador ainda explica que o aparelho permite que o operador da máquina, por exemplo, ajuste a frequência e o volume de ar que o paciente vai receber. “Com esse ajuste, a máquina calcula a velocidade com que ela vai pressionar e soltar o AMBU para fornecer esse suporte ao paciente. Além disso, a gente monitora, por exemplo, a pressão para garantir que ela vai estar dentro de níveis que foram ajustados pelos profissionais que estão operando o aparelho de reanimação”, ressalta o professor.
A ventilação é feita através de um balão auto insuflável que permite a manutenção da oxigenação do sangue. Com isso, o reanimador pode ser utilizado na estabilização de pacientes que estejam à espera de um ventilador pulmonar convencional diante do surgimento de um dos principais sintomas da doença: a insuficiência respiratória.
“É um aparelho de emergência. A ideia dele não é substituir um ventilador convencional que está na UTI (unidade de terapia intensiva). E sim, permitir que as equipes de profissionais que estão fazendo essa assistência possam dar um suporte respiratório inicial ao paciente até que ele possa ser transferido para uma UTI, onde ele vai ter acesso a um ventilador convencional. E também permitir, por exemplo, que você leve um paciente para fazer um exame em outra ala do hospital”, complementa Carvalho.
Depois de análises e adaptações para viabilizar a produção no país, o equipamento também está passando por testes no Hospital Universitário de Lagarto e, em breve, pode ser utilizado na assistência a pacientes infectados pelo novo vírus respiratório.
Já o professor Tarso Vilela Ferreira ressalta que as doações, por se tratar de um projeto voluntário, são essenciais para a continuidade de ações. “O projeto Fasten Vita não tem financiamento de nenhum tipo de agência de fomento. A gente está contando exclusivamente com doações, os pesquisadores doam o seu tempo e o Inesc P&D Brasil aportou algum recurso para a gente dar início ao projeto," conta o pesquisador.
"Hoje em dia, para continuarmos com esse trabalho, a gente precisa de doações. As pessoas podem doar recurso, tempo, matéria-prima, e até uma carona, a ação de levar um produto de um ponto a outro da cidade pode ser uma forma de ajudar”, finaliza.
Para contribuir, você pode acessar o site da iniciativa e realizar um cadastro para doações. O Fasten Vita já desenvolveu produtos para auxiliar no combate ao novo coronavírus, como protetores faciais e caixas para desinfecção de máscaras N95.
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