Prefeitura suspende coleta do LIRAa mas mantém intensificadas as ações de combate à dengue

Por Agência Aracaju de Notícias 13/05/2020 14h21
Prefeitura suspende coleta do LIRAa mas mantém intensificadas as ações de combate à dengue
Sérgio Silva

A cada bimestre, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulga o resultado do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), ferramenta que auxilia no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. No entanto, devido à pandemia do novo coronavírus, a coleta das amostras utilizadas para realizar o levantamento está suspensa.O LIRAa apresenta, de maneira rápida e segura, os índices de infestações, podendo ser empregado como instrumento de avaliação dos resultados das medidas de controle, incluindo também dados referentes aos tipos de recipientes, tornando possível redirecionar e/ou intensificar algumas intervenções, ou ainda, alterar as estratégias de controle adotadas.No último levantamento realizado pela SMS, Aracaju saiu da classificação de baixo risco, que vai até 1.0, pois apresentou índice de 1.6 entre os meses de janeiro e março. Dessa forma, as ações desenvolvidas pela Prefeitura para evitar a proliferação do Aedes aegypti se tornam ainda mais necessárias. Mas, para que elas possam ser realizadas, a coleta de dados que direciona as ações será feita de outra maneira.“Frente a essa pandemia, o Ministério da Saúde lançou uma nota informativa, na qual suspende, durante a urgência de saúde por conta da covid-19, a coleta do LIRAa. Então, o levantamento do segundo bimestre não vai acontecer. A nota informativa nº 9 diz que, enquanto perdurar essa situação, não vamos fazer a coleta do LIRAa, até porque não temos como entrar nas casas, medida necessária para identificar o foco. Então, não haverá coleta de LIRAa nesse próximo mês”, explica o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti (PMCA), Jeferson Santana.De acordo com Jeferson Santana, sem os dados coletados no levantamento, a SMS adotará outra estratégia para direcionar as ações de combate ao Aedes. Agora, as medidas empregadas no controle da proliferação do mosquito serão baseadas no histórico que o Programa de Combate possui e na quantidade de casos de dengue, zika ou chikungunya notificados à SMS.“Algo importante e fundamental é que as pessoas que estão com sintoma de dengue, zika ou chikungunya procurem o serviço de saúde, para que esses casos possam ser identificados e notificados. Então, a partir deles, estaremos traçando as ações, suprindo um pouquinho a necessidade do LIRAa, que é um indicativo muito importante mas, se tivermos os casos notificados dá para fazer um trabalho bem feito, da forma como vínhamos fazendo no Município”, enfatiza o gerente do PMCA.De janeiro a abril, 152 casos suspeitos de dengue foram notificados ma capital, com 29 deles confirmados; 12 casos de chikungunya notificados, com 11 confirmados e uma notificação de zika vírus, esta já descartada. Desses casos notificados, os bairros em que houve mais constatações das três doenças foram Olaria, com 15 casos confirmados; Porto D’Antas, com 11; e Santos Dumont, com 10. “Precisamos da participação da comunidade, sobretudo no cuidado e, a pessoa sentindo os sintomas, procurar a orientação para que possamos ter esses casos”, afirma Jeferson.

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