Na quarentena, animais silvestres costumas ser mais vistos em áreas urbanas

Por Agência Sergipe de Notícias 24/04/2020 16h09
Na quarentena, animais silvestres costumas ser mais vistos em áreas urbanas
ADEMA

As áreas urbanas das grandes cidades do mundo, que costumavam ser cheias de pessoas em todos os horários, estão mais vazias. Efeito da pandemia da Covid-19, que vem causando mudança na rotina não só dos humanos, como também para os animais, que começam a frequentar centros urbanos, sendo vistos com frequência nas cidades.

Em Sergipe, as ruas, ciclovias, praias, parques, praças e áreas de convivência tiveram a circulação restrita, depois do decreto de nº 40.567, que orienta a população ao isolamento em virtude da disseminação da Covid-19. Em virtude disso, nos últimos dias, foi registrado um maior aparecimento de animais silvestres circulados em áreas urbanas, a exemplo, da jiboia localizada no Parque dos Cajueiros, Zona sul da capital. 

Animais habitualmente confinados a parques urbanos têm sido avistados nas ruas, em busca de comida ou simples exploração do espaço. O advogado Diogo Dorea que mora no bairro Aruana, na zona de expansão de Aracaju, disse que os animais começaram a aparecer com mais frequência depois do período de isolamento. “Recebemos visitas de várias espécies de pássaros diferentes e borboletas no quintal da nossa casa. Ontem apareceu uma iguana aqui no quintal e deixamos ela a vontade, pois não nos oferecia perigo, depois ela foi embora”, disse o morador. 

Durante a quarentena, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) contabilizou 21 resgates de animais silvestres por meio de chamadas da população pelo seu plantão. “No período de uma semana foram quatro cobras resgatadas, sem falar nos números que não são computados, de pessoas que infelizmente quando encontram, matam, cometem essa infração”, explica o diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias. 

O diretor-presidente explica ainda que, principalmente, os répteis, estão aparecendo com mais frequência devido às fortes chuvas, que destroem os ninhos, e eles saem em busca de alimentos. “São animais que não regulam a temperatura do seu corpo, dependendo do meio ambiente para isso, então saem a procura de calor em épocas mais frias, em busca de um habitat substituto e também de alimentos, isso é natural, além das cobras, acontece também com jacarés, e muitos outros répteis que acabam saindo do seu habitat natural”.

Outro ponto que merece destaque é a proximidade de áreas verdes e os centros urbanos. “Isso também colabora com o surgimento dos animais nas casas e nas ruas, o mais provável é que, por não verem pessoas, não sentem barulhos que o amedrontam, e decidem explorar”, completa o diretor.

Plantão Adema 24h

A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), responsável pela preservação da fauna e flora de Sergipe, informa que ao encontrar qualquer espécie de animal silvestre é necessário acionar a equipe especializada para fazer o resgate ou entrega voluntária, pelo telefone ‪(79) 99191-5535‬. 

De 17 de março a 24 de abril a equipe de resgate da Adema resgatou 21 animais, sendo seis cobras jiboias, uma cobra salamanta, um jacaré, um sagui, três corujas, uma capivara, quatro gaviões, uma raposa, um guaxinim, um cagado d’água e um papagaio.

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