Aracaju está abaixo da média nacional em incidência de casos de covid-19
O primeiro caso do novo coronavírus (covid-19) foi registrado, em Aracaju, no dia 27 de fevereiro. No entanto, antes mesmo deste registro, a Prefeitura já vinha atuando de forma preventiva, com medidas que foram intensificadas e ampliadas com ações mais enérgicas do Plano de Contingência para o enfrentamento da pandemia, apresentado no dia 2 de março. Até o momento, com 37 casos confirmados da covid-19, a capital sergipana figura entre as nove do país com incidência de casos abaixo da média nacional.
Dados do Ministério da Saúde (MS), que avaliam a incidência por 1 milhão de habitantes, apontam que, no momento, das 27 capitais, 12 entraram em situação de emergência, duas delas no Nordeste, Fortaleza (573) e Recife (339). Outras seis estão em estado de alerta, como a vizinha Salvador (126).
Entre as razões de influência para o aumento ou diminuição da incidência dos casos, destacadas por entidades e órgãos ligados à saúde, estão o distanciamento social. Por este motivo, apesar de Aracaju estar entre as capitais com índices abaixo da média nacional nesse quesito, a Prefeitura mantém a recomendação para que a população evite sair de casa.
De acordo com o prefeito Edvaldo Nogueira, desde que o primeiro caso de coronavírus foi confirmado na capital sergipana, a Prefeitura não tem medido esforços e atuado sobremaneira para restringir a circulação dos aracajuanos, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. “Temos visto em cidades com índices elevados de contaminados que esse distanciamento social foi extremamente efetivo para conter a propagação do vírus”, frisa o gestor municipal.
“Essa ação tem se mostrado ainda mais eficaz nas localidades em que os números de casos se mantém estáveis, como é o nosso caso. E isso acontece porque, com essa restrição, conseguimos frear a curva de contágio, algo fundamental para termos tempo suficiente para reduzir a pressão no sistema de saúde. É um sacrifício grande, mas que tem surtido efeito porque a infecção tem ocorrido lentamente, nos garantindo prestar um atendimento eficaz às pessoas que testaram positivo para a covid-19. As próprias entidades de Saúde reconhecem a importância destas medidas restritivas. Estamos trabalhando duro para proteger vidas, numa somação de esforços muito grande”, destaca Edvaldo Nogueira.
O prefeito salienta ainda o fato de algumas pessoas terem a impressão de que a situação está controlada na capital, e de que já podem voltar à rotina. “Não é assim. Fizemos estudos constantes e, se hoje adotássemos medidas para liberação total do isolamento, em 30 dias precisaríamos de 1.200 leitos de retaguarda e aproximadamente 300 de UTI, uma estrutura que a Prefeitura e o Governo do Estado não teriam. Por isso é importante manter o distanciamento, no momento, enquanto buscamos soluções, nos preparamos. Com isso, poderemos encontrar alternativas para liberar, na medida, quando for preciso”, pondera.
A partir da publicação do primeiro decreto para implementação de medidas emergenciais, no dia 16 de março, a Prefeitura pôs em prática medidas para restringir a circulação de pessoas na cidade e soluções criativas para o devido enfrentamento da covid-19, como o MonitorAju (156), um canal versátil de atendimento destinado a orientar a população aracajuana sobre o novo coronavírus, além de realizar triagem e monitoramento de casos sintomáticos.
Além disso, a Prefeitura tem reforçado as equipes de profissionais nas equipes da Saúde, com a contratação de aprovados em Processo Seletivo Simplificado, de chamamento público de profissionais médicos e convocação de voluntários; transformou oito UBS em unidades de referência para síndromes gripais; ampliou o número de leitos para atendimento aos pacientes sintomáticos; instalou dois contêineres na UPA Fernando Franco para atender casos específicos de pessoas com sintomas de síndromes gripais.
“Hoje, temos um controle maior dos casos. Até o momento, avaliamos que esses resultados são em decorrência das medidas restritivas que já adotamos. Não será possível interromper a evolução natural da doença, mas é possível ganhar tempo para preparar o sistema, e é isso que estamos fazendo”, frisa a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.
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