Polícia Federal cumpre mandados em Aracaju

Por PF/SE 14/02/2020 11h32
Polícia Federal cumpre mandados em Aracaju

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (14) a Operação Presságio. Foram cumpridos mandados judiciais no bairro Atalaia em Aracaju e em outros cinco estados: Amazonas, Acre, Rondônia, Minas Gerais e no Distrito Federal.

A operação investigava os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, quadrilha ou bando, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, supostamente cometidos por agentes políticos, servidores da Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul (AC) e por gestores de uma ONG que prestava serviços à prefeitura.

A referida ONG, fundada em 1967 em Minas Gerais, foi contratada com dispensa de licitação pela prefeitura, entretanto  jamais prestou os serviços que são objeto dos termos de colaboração firmados com o ente municipal. Ao todo foram firmados cinco termos com diversas secretarias da prefeitura, no valor de R$ 52.164.593,74 (cinquenta e dois milhões cento e sessenta e quatro mil quinhentos e noventa e três reais e setenta e quatro centavos).  Até o fim do exercício de 2019, ela já havia recebido cerca de R$ 27 milhões.

Durante a investigação foi apurado que os serviços  licitados pela prefeitura não foram efetivamente cumpridos. A referida ONG deveria tornar Cruzeiro do Sul autossuficiente na produção de energia por meio do aproveitamento do lixo produzido no município até 2021.

O “modus operandi” da organização criminosa era complexo e envolvia diversas pessoas, tanto físicas quanto jurídicas. Os pagamentos que a ONG recebia da prefeitura eram utilizados para o pagamento de uma empresa contratada pela própria. Essa empresa, que fora criada especificamente para prestar serviços à  ONG em Cruzeiro do Sul, repassava os valores para diversas empresas de fachadas. Essas Pessoas Jurídicas, por sua vez, distribuíam o dinheiro entre os membros da organização criminosa.

Foram cumpridos sete mandados de prisão, trinta e oito mandados de busca e apreensão de mídias eletrônicas, processos licitatórios, notas fiscais e documentos diversos relacionados a investigação. Além disso, a Justiça decretou o bloqueio de R$ 3.840.000,00 dos investigados.

A operação foi batizada “OPERAÇÃO PRESSÁGIO” em razão da equipe investigativa ter detectado que os integrantes da suposta organização criminosa pressentiam e temiam que logo o esquema seria descoberto e eles presos.

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