Exposição reúne trabalhos de 18 artesãs em São Cristóvão
Uma exposição no Museu da Polícia Militar, intitulada como "São Cristóvão Monumental" reúne trabalhos produzidos por 18 artesãs do município. A ação, que tem como inspiração nos principais pontos turísticos da cidade, como a Praça São Francisco, a Igreja do Carmo, o Museu Histórico, a Igreja Matriz, é mais uma ação do Projeto Investe Sergipe, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Sebrae, o Ministério do Turismo (Mtur), a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), e o Governo de Sergipe. A realização do evento também conta com o apoio da Prefeitura de São Cristóvão.
Os trabalhos expostos são resultado de dois meses de oficinas promovidas pelo projeto. Durante o período, as artesãs participaram de uma série de atividades, incluindo aulas de arqueologia e arquitetura com professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), para identificar recortes e conhecer os termos técnicos utilizados na representação dos monumentos.
“A proposta era agregar a identidade local à técnica que elas já dominavam. Ao inserir elementos que já fazem parte do dia a dia dessas artesãs, mas que muitas vezes passavam despercebidos e que elas sequer conheciam a sua história, estamos ajudando a reforçar os laços dessas mulheres com a cidade e criando peças com um maior valor agregado”, explica Bianca de Faria, analista técnica do Sebrae.
Além dos monumentos históricos, o artesanato traz representações de elementos da cultura do município, como as bonecas e o galo da Igreja Matriz, e figuras religiosas, como a Irmã Dulce, canonizada pelo Papa Francisco em outubro deste ano. A mostra é composta por 54 peças e a maior parte delas feitas utilizando o bordado.
Identidade local
A artesã Divani Ribeiro é uma das bordadeiras que participaram do projeto. Ela conta que aprendeu a técnica ainda criança e que mesmo tendo nascido no município, nunca confeccionou uma peça utilizando a cidade como referência: “Era uma coisa que nunca tinha pensado em fazer. Apesar de nossas vidas terem sido construídas em São Cristóvão, muitas não conhecem a história da nossa região. Hoje podemos dizer que o nosso bordado tem uma identidade e representa o local onde vivemos. Quando alguém, em qualquer lugar do mundo, olhar uma peça dessa, vai poder reconhecer que ela foi produzida na quarta cidade mais antiga do Brasil”, afirmou.
Os artigos que compõem a mostra seguem expostos até o dia 30 de novembro no Museu. O espaço funciona diariamente, inclusive aos fins de semana e feriados, das 9h às 17h, com entrada gratuita.
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