Em Sergipe, nascimentos voltam a subir após surto de zika

Por Com informações do IBGE/SE 31/10/2018 18h13
Em Sergipe, nascimentos voltam a subir após surto de zika
IBGE

 O número de nascimentos em Sergipe voltou a subir em 2017 após a queda significativa registrada em 2016, ano em que a epidemia de zika atingiu seus índices mais elevados. Ao todo, foram 33.036 nascimentos ocorridos e registrados em 2017, um aumento de 5,1% em relação a 2016. Entre os estados da região Nordeste, foi a alta mais expressiva. Considerando as 27 unidades da federação, Sergipe ficou na sétima posição.

 Os números fazem parte das Estatísticas do Registro Civil. A pesquisa tem como objeto os registros administrativos de nascimentos, óbitos, casamentos civis e divórcios e é feita junto a cartórios, varas de justiça e tabelionatos. Ao todo, são mais de 27 mil informantes em todo o Brasil. As informações produzidas servem de baliza para estudos demográficos, sobre evolução populacional, cobertura dos registros públicos, entre outros temas. 

Se houve alta no número de nascimentos, o mesmo não pode ser dito dos casamentos civis. Em Sergipe, foram 7.545 em 2017, uma queda de 3,7% em relação a 2016, quando se registraram 7.832 casamentos. Os números não incluem as chamadas uniões estáveis, mesmo que sejam registradas em cartório. Desde 2013, em virtude da Resolução nº 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pesquisa contempla também os casamentos civis entre cônjuges do mesmo sexo.  

Apenas 0,3% dos casamentos registrados em 2017 foram entre cônjuges do mesmo sexo. Foram 23 uniões homoafetivas ao todo: 12 cônjuges de sexo masculino e 11 uniões entre cônjuges de sexo feminino). Em 2016, foram 21 uniões, o que indica um avanço de cerca de 9,5%. O maior percentual de casamentos entre pessoas do mesmo sexo em relação ao total de casamentos é registrado nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Santa Catarina (1,03%), São Paulo (0,86%) e Distrito Federal (0,84%) são, nessa ordem, as unidades da federação com os maiores percentuais de casamentos homoafetivos.  

Em relação aos divórcios, Sergipe teve uma alta de 23% entre 2017 e 2016. Em 2017, foram 2.871 contra 2.334 em 2016. Foi o aumento mais significativo entre os estados da região Nordeste, que, no cômputo geral, foi a única região do país com queda no número de divórcios de um ano para o outro. No Rio de Janeiro, os divórcios aumentaram 54,8% no período, colocando o estado no topo da lista para esse indicador. 

Os dados do Registro Civil também apontam para um aumento no número de óbitos, o que reflete um padrão de envelhecimento crescente da população brasileira. Em 2017, foram registrados 12.459 óbitos de pessoas com sexo e idade informados. Esse número é 45% maior que o valor registrado há uma década: em 2007, os óbitos somaram 8.594 registros. Sergipe teve um crescimento quase duas vezes mais intenso do que a média nacional para o período, que ficou em 23,5%.

 

 

 

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