Paciente que recebeu o primeiro transplante de pele passa por procedimento cirúrgico no Huse
Aconteceu nesta terça-feira, 28, no Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o primeiro procedimento cirúrgico, após o recente transplante de pele, no paciente de 32 anos que sofreu queimaduras de terceiro grau nas costas e nos dois braços, enquanto dormia, quando uma vela utilizada para iluminar o quarto, caiu e incendiou o colchão em que estava.
O paciente está bem, mas seu estado ainda é considerado grave. “Hoje, a gente operou definitivamente, com a pele dele, o braço direito inteiro, o que é um grande ganho. Removemos a pele de cadáver desse braço, que já começava a dar sinais de rejeição e colocamos pele dele mesmo”, informou o coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Huse, Dr. Bruno Cintra.
Procedimentos como esse, de retirar a pele de cadáver e enxertar as áreas queimadas com pele do próprio paciente, estão programados para acontecer semanalmente.
“A gente abre essa cirurgia na segunda-feira próxima para ver como ficou o resultado. Toda semana faremos um procedimento nele, uma etapa cirúrgica, pois não pode ser feito tudo de uma vez só, ele queimou os dois braços inteiros e as costas toda. Nós tiramos o que tem de pele de cadáver já rejeitada, o que vai acontecendo com o passar dos dias, e substituímos com pele normal dele. De uma maneira geral, a pele é retirada da coxa. Depois essa pele passa por um procedimento que a aumenta em até três vezes, para podermos ganhar mais área com menos pele o que é importante, pois ele tem pouco local para doar”, explica Dr. Bruno.
A previsão é de que o paciente permaneça internado por, no mínimo, mais 60 dias. Além de precisar enxertar é necessário, ainda, esperar o local de onde a pele foi retirada, cicatrizar, para poder tirar de novo.
“O nosso medo é sempre infecção. Ele já está imunodeprimido, se pegar uma infecção pulmonar, por exemplo, o quadro pode piorar. Será um paciente crítico até o dia da alta porque a área queimada ainda é grande, a gente enxertou um braço e agora a área queimada que era de 40% hoje é de 32%. Sempre há perigo de perder o enxerto, mas o índice é muito baixo, não costuma acontecer, mas é sempre um risco” ressalta o coordenador.
E Dr. Bruno completa “o estado é grave, mas ele está indo bem, melhor do que a gente esperava. Ele esta fazendo uma hiperbárica que é um tratamento que ajuda na cicatrização e previne infecção. Ele conseguiu essa doação, já que é um tratamento que, por enquanto, não é dado pelo SUS”.
Apesar de estar bastante preocupada e enfrentando dificuldades Gilvânia Jerônimo dos Santos, esposa do paciente, afirma que ele está sendo muito bem tratado no Huse. “Nós temos três filhos e eu preciso trabalhar, então é difícil para mim comparecer a todas as visitas em dias da semana, mas virei sempre aos domingos. Estamos sendo muito bem atendidos aqui” diz Gilvânia.
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