Com greve dos caminhoneiros, captação de leite em Sergipe está ameaçada

24/05/2018 16h34
Com greve dos caminhoneiros, captação de leite em Sergipe está ameaçada
Helia Scheppa/ Acertvo JC Imagem

Com a greve dos caminhoneiros que ocasionou no bloqueio de alguns trechos da BR 101, a captação de leite em Sergipe está ameaçada. De acordo com a Associação dos Produtores de Leite do Estado de Sergipe (Aproleite), a produção leiteira corre o risco de ter sérios prejuízos, pois muitos terão que fazer o descarte. A partir de sábado, se continuar a manifestação, a captação só será ao redor das indústrias - Nossa Senhora da Glória e Aquidabã.

“Até o presente momento, não tive relato de que houve algum problema de captar leite. Mas, já estamos na iminência. Provavelmente, amanhã não vai ter mais a captação. Ou seja, muitos desses produtores vão ter que fazer o descarte”, comentou Lafayette Sobral Junior, presidente da Aproleite.

Segundo o presidente da Aproleite, a informação é que já existem regiões do país, como em Minas Gerais e até a Bahia, que estão descartando o leite estragados em virtude da greve. “Isso já acarreta um impacto social e ambiental muito grande. Um alimento nobre e que, pelo que tudo indica, não vai ser colocado na cadeia de consumo e sim descartado na natureza”, pontuou.

Lafayette Sobral acrescentou ainda que o produtor de leite que tiver como utilizar a matéria prima será uma opção para não descartar. “Com os bloqueios de hoje em Sergipe, acredito que tudo será ameaçado. Fica um círculo mesmo”, disse.

Em Sergipe, a produção de leite ocorre praticamente em todas as regiões. Contudo, a produção maior é na bacia leiteira do sertão. “Hoje, todo Estado produz leite, região centro sul, agreste e até o litoral”, concluiu.

Nota de alerta

A associação também emitiu uma nota afirmando entender e estar solidário com as manifestações dos caminhoneiros. “Combustíveis com preços elevados e com alta carga tributária comprometem a sobrevivência dos caminhoneiros e de suas famílias, além de impactar todas as cadeias produtivas. A exemplo dos caminhoneiros que vivem do frete, muitas famílias dependem do leite para sobreviver, e, em não havendo coleta do produto, muitos deles não terão como honrar as despesas com a atividade e com as suas famílias. Desta forma, solicitamos aos líderes do movimento, que permitam a passagem dos caminhões térmicos que transportam leite, pois o mesmo é altamente perecível”, registrou.

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