Saúde discute ações e metas do programa DST/Aids para 2012

30/09/2015 20h48
Saúde discute ações e metas do programa DST/Aids para 2012
A8SE

Divulgação (ASN)

Desde a última quarta-feira (8) ocorre a oficina para construção do Plano de Ação e Metas (PAM) 2012 relativo às ações de combate e prevenção às DST/Aids no estado. O encontro acontece no Hotel D`Burguês, na orla de Atalaia, em Aracaju, e reune profissionais da Secretaria de Estado da Saúde (SES) das áreas de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Atenção Básica, Atenção Psicossocial, da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), além de militantes de Organizações Não Governamentais (ONGs).

De acordo com o representante do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Manuel Carlos Alves Braga, a pasta repassa anualmente cerca de R$ 129 milhões para os estados e municípios desenvolverem ações. Sergipe recebe em torno de R$ 700 mil/ano para a execução do PAM. "O direcionamento dos recursos obedece a critérios empidemiológicos. Ou seja, de acordo com os indicadores referentes ao número de casos de DST/Aids em cada estado", revela.

Para o médico infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, Marco Aurélio Góes, a oficina é um momento importante, porque se discute as metas para 2012, não só com as áreas da SES, mas também com os municípios prioritários e, principalmente, com a participação da sociedade civil. "É um momento de rever como está se comportando a epidemia no nosso estado e estar traçando metas para o ano que vem, com vistas a melhoria no diagnóstico, na prevenção e no tratamento das pessoas soropositivas", destaca.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Canindé de São Francisco, Rosane de Souza Feitosa, o município recebe verbas diretamente do Estado para a realização das ações. "Esse evento é muito importante para nos inspiramos no trabalho feito pelo Estado para a prevenção e tratamento das DSTs/Aids. Fazemos várias campanhas, como no Carnaval e outras festas em que distribuímos preservativos. Além disso, fazemos palestras nas empresas, nas escolas, com profissionais do sexo, adolescentes", explica.

Segundo a coordenadora da Rede de Mulheres Cidadãs Positivas de Sergipe, Maria Georgina Machado, a parceria entre sociedade civil, SES e Funesa é importante para viabilizar as ações desenvolvidas. "Além de todas as ações que realizamos em 2011, queremos discutir, no próximo ano, com o apoio do Estado, os temas relativos à violência contra a mulher, direitos humanos e sociais, lipodistrofia, direitos sexuais e reprodutivos, e geração de renda", aponta.

Avaliação

Para o gerente de DST/Aids da SES, o médico Almir Santana, a oficina é um dos eventos mais importantes para os profissionais e militantes que trabalham com o tema. "Além de avaliarmos as ações de 2011, daqui vão sair também as ações para 2012, inclusive com a participação da sociedade civil", entende. Santana aponta 2011 com um dos anos mais positivos em relação ao alcance de metas do PAM e destacou a parceria da Funesa. "Podemos dividir a execução do PAM 2011 antes e depois da Funesa. Depois que foi assinado o contrato com a Funesa, nossas ações tiveram um impulso. Eu considero a Funesa uma importante parceira tanto nas capacitações quanto ao apoio aos eventos, como as paradas gays realizadas em Sergipe", complementa.

De acordo com Santana, apesar dos dados positivos, a saúde ainda tem desafios a serem enfrentados no próximo ano. "Temos alguns desafios para 2012, como o diagnóstico precoce da Aids, porque ele ainda acontece de forma tardia e o nosso objetivo é investir em capacitação e vamos pegar a experiência do Plano Estadual de Combate à Sífilis Congênita, que foi uma decisão acertada do secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos Guimarães", destaca. Outro ponto, segundo o médico, é com relação à abordagem sindrômica das DSTs, com a capacitação de profissionais para melhorar o diagnóstico e tratamento das DSTs.

Fonte: ASN

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