Funcionários dos Correios em Sergipe permanecem em greve

30/09/2015 20h45
Funcionários dos Correios em Sergipe permanecem em greve
A8SE

Funcionários dos Correios de, ao menos, nove Estados brasileiros e do Distrito Federal se reuniram em assembleias nesta quarta-feira (5), recusaram a proposta da estatal e decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado, informou a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares).

As unidades que federação que vão permanecer sem funcionar são São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe, Amazonas e Distrito Federal. A paralisação da categoria já dura 22 dias.

De acordo com a federação, a expectativa é que, até às 17h, o número de Estados que vão rejeitar o acordo chegará a 18. Os Estados de Goiás, Rio Grande do Sul e Piauí deverão entrar no grupo dos que rejeitaram nos próximos minutos, segundo a entidade.

As assembleias que definem pelo fim ou manutenção da greve ainda estão acontecendo nos sindicatos regionais, que são 35 em todo o país. Para assinar um acordo com a empresa é necessário que a maioria aceite a proposta, ou seja, 18 sindicatos regionais. Já para definir se voltam ou não ao trabalho os sindicatos têm autonomia.

No DF, o maior problema da proposta feita pela empresa, de acordo com a presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios no Distrito Federal, Amanda Gomes, foi o corte do ponto de alguns dos dias parados. A conciliação feita no TST (Tribunal Superior do Trabalho), na última terça-feira (4), isenta os trabalhadores do desconto total dos dias paralisados, no entanto, eles teriam que pagar 16 dias, repondo horas nos fins de semana.

- Nós rejeitamos a proposta principalmente pelo corte do abono. Não tem como você forçar o trabalhador a fazer hora extra todos os dias, o que será necessário para limpar os estoques e voltar à rotina, e ainda fazer com que ele trabalhe sábados e domingos. Ninguém consegue trabalhar sete dias por semana.

Proposta

A proposta feita na Justiça prevê uma reposição salarial de 6,87%, mais um aumento linear de R$ 80 a partir deste mês. A categoria quer aumento de R$ 200, referente ao ganho a partir do mês de agosto, retroativo desde a data-base dos funcionários dos Correios.

Nesta quinta-feira (6) às 14h haverá uma nova assembleia em frente ao Ministério das Comunicações e está prevista para a próxima segunda-feira (10) uma nova negociação entre empresa e funcionários no TST.

Até lá, a categoria continua parada. No DF, 80% do serviço operacional - carteiros, motoristas e atendentes comerciais - estão sem trabalhar.

Fonte: R7

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