Índices de alfabetização em Sergipe estão abaixo da média

Índices educacionais abaixo da média, Sergipe está em 20º lugar quando se trata de alunos da 1º a 4º

30/09/2015 19h40
Índices de alfabetização em Sergipe estão abaixo da média
A8SE

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Alfabetização, em Sergipe a realidade é triste e não dá motivos para festejar.De acordo com as últimas pesquisas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), baseada em dados de 2007, os municípios sergipanos possuem os índices educacionais abaixo da média desejada, ficando em 20º lugar quando se trata de alunos da 1º a 4º série.

De acordo com estudos da Doutora e especialista em educação da Universidade Federal de Sergipe, Sônia Meire a taxa do IDEB dos anos iniciais da educação básica em Sergipe é de 3,4%, ficando atrás de capitais nordestinas como Alagoas, Rio Grande do Norte e Maranhão.

Ainda segundo a especialista os números ficam ainda piores quando se trata de alunos fora da escola ou com distorção de idade e série. "Das crianças de 6 a 14 anos 5,50 % estão sem estudar ou em séries que não correspondem a idade, quando falamos de adolescentes de 15 a 17 anos esse percentual chega a 70,80%", relatou a professora.

Os estudos também mostram que os municípios com o maior número de adolescentes a partir de 15 anos que não são alfabetizados são Nossa Senhora Aparecida (47,4%) e Poço Redondo (46%), os dois no alto sertão sergipano. Estatísticas que deixam claro os problemas enfrentados pela população rural quando se trata de educação. "Infelizmente nas escolas do meio rural faltam professores, as instalações são precárias e em grande parte dos casos ficam muito longe, fazendo com que a distância seja mais uma barreira a ser transposta pelos alunos", explicou Sônia Meire que também ressaltou que a situação da Capital sergipana não é das melhores." Além de ser abaixo da média nacional é menor do que municípios como Ribeirópolis, Itabaina, Pirambu, entre outros".

Segundo a especialista Sônia Meire para melhorar essa situação não é preciso discutir os métodos de ensino. "O grande erro das políticas de educação está na generalização, não podemos classificar todos em um só grupo. É preciso levar em conta as diversidades culturais e as necessidades da realidade de cada grupo de estudante", declarou.

 

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