Loja Marisa é acusada de racismo em Aracaju
Em nota, a Marisa disse "o caso já está sendo investigado internamente e medidas necessárias serão adotadas"
O caso aconteceu no Centro comercial de Aracaju, três mulheres contam do momento de angústia que viveram após serem acusadas de furto na loja Marisa. Segundo as vítimas, tudo por conta da cor.
Simone Matos estava acompanhada da irmã e da cunhada quando percebeu posturas de desconfiança por parte de um funcionário do estabelecimento. "Cheguei lá com minha cunhada, escolhendo roupas, depois minha irmã chegou. Estávamos olhando as roupas e um segurança só de olho na gente. Depois entraram três policiais e nos abordaram, levou a gente no quartinho”, explicou a vítima.
Na sala, apenas duas mulheres foram revistas por policiais militares. Ana Paula Fernandes ficou do lado de fora e filmou tudo. Após a revista foi comprovado que elas não cometeram nenhum tipo de crime. As vítimas foram à delegacia e prestaram um boletim de ocorrência pelo constrangimento, no entanto, agora, vão à Justiça contra o local por racismo. “A cor não quer dizer nada, somos trabalhadoras, não precisamos pegar nada de ninguém”, relata Simone.
O caso será investigado pelo Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV). “‘Se fosse uma mulher branca, bem arrumada, bonita, vocês fariam isso?’ E ele ficou calado”, finaliza Ana Paula.
Em nota, a Marisa disse que “reforça que nenhuma atitude discriminatória reflete o posicionamento da empresa. A companhia não compactua com qualquer discurso de ódio ou exclusão e tem compromisso com a igualdade e respeito a todos. Atitudes como esta não são aceitas, o caso já está sendo investigado internamente e medidas necessárias serão adotadas. A marca pede desculpas pelos fatos relatados, tendo em vista que repudia toda forma de desrespeito”.
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