Tratamento com pele de tilápia feito por pesquisadores da UFS ajuda reabilitação de animais silvestres
Procedimento foi aplicado pelo Camase, no campus do Sertão, em um jacaré

Um tratamento aplicado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) tem ajudado na reabilitação de animais silvestres. Com o uso da pele de tilápia como curativo, diversos pacientes na Medicina Veterinária podem ter a chance de uma melhor qualidade de vida após passar por algum trauma.
O procedimento é realizado no Centro de Aprendizagem e Manejo de Animais Silvestres (Camase), localizado no campus do Sertão, em Nossa Senhora da Glória. O professor Victor Fernando Lima é o coordenador do centro e explica que a ideia da aplicação da técnica levou em consideração as aplicações em humanos.
“Como boa parte dos medicamentos e técnicas utilizadas hoje na veterinária vieram da medicina humana como base, alguns estudos já começaram a utilizar essas peles na reabilitação e reconstrução de estruturas de alguns animais”, explica o professor do Departamento de Medicina Veterinária do campus do Sertão.
A tecnologia é relativamente nova e foi patenteada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), em 2015, e também fora do Brasil, em 2016. Uma grande vantagem no tratamento é a facilidade de encontrar esse tipo de peixe de água doce e a grande quantidade de colágeno presente nele.
O procedimento
Ao ser notificada pela Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema), a equipe do Camase recebeu um jacaré, resgatado em Aracaju, que apresentava uma neoformação na cauda. Após exames clínicos, o animal foi submetido à remoção cirúrgica e ao tratamento com a pele de tilápia.
“A pele de tilápia está sendo muito implementada na medicina de animais silvestres, principalmente nos animais que sofreram algum tipo de traumatismo. É uma nova tecnologia que nós estamos utilizando no Camase em animais que chegam com quadro de queimadura grande ou que necessitam realizar algum procedimento cirúrgico que envolva uma remoção ou perda de pele considerável”, informa Igo Gonçalves, estudante de Medicina Veterinária.
Segundo o professor Victor, o procedimento visa o conforto do animal, observando o melhor cenário de tratamento. “Os primeiros casos reportados surgiram nos Estados Unidos e, aqui no Brasil, na mesma universidade que patenteou essa técnica. As peles também são usadas para reconstrução e manutenção de feridas em equinos. Desde então, outras instituições têm adotado essa técnica para garantir a qualidade de vida desses pacientes”, afirma Victor.
Camase
O Centro de Aprendizagem e Manejo de Animais Silvestres (Camase) é coodenado pelo médico veterinário e professor da UFS, Victor Lima, e abriga animais vítimas de tráfico e maus tratos.
De forma pioneira, a equipe de pesquisadores desenvolveu um tratamento pioneiro para reconstrução de cascos de jabutis. A lâmina de hidrocarboneto foi o material escolhido para reconstruir a carapaça depois de lesões às placas córneas, que são estruturas semelhantes à pele dos humanos e têm a função de proteger o animal. O material é muito utilizado na odontologia para confecção de próteses dentárias e foi adaptado na medicina veterinária
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