Trabalhadores dos Correios preparam greve para dia 18

Já são cerca de 100 trabalhadores dos Correios mortos por Covid-19 em todo o Brasil e em Sergipe, são mais de 60 trabalhadores infectados. Muitos prejudicaram sua saúde e de seus familiares. Além de enfrentarem nas ruas todo dia o risco de contaminação, é o sindicato que tem que lutar para garantir álcool gel, máscaras e a proteção necessária.
Assim, nesta semana, o SINTECT/SE (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Sergipe) visitou várias unidades dos Correios em Aracaju, na Rua Alagoas, na Atalaia, no Aeroporto, no município de Socorro, para distribuir máscaras de proteção aos trabalhadores e denunciar a presidência da empresa dos Correios, que em plena pandemia quer derrubar 70 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, ameaça o plano de saúde dos trabalhadores, entre vários outros direitos.
No dia 17 de agosto, os trabalhadores dos Correios se reúnem em assembleia geral online para decidir pela deflagração da greve nacional a partir da 0h do dia 18 de agosto.
Greve Nacional
Nesta sexta-feira (14), os trabalhadores dos Correios estão em estado de alerta, pois é a data prevista para o STF iniciar o julgamento da liminar que alterou a vigência do Acordo Coletivo dos trabalhadores dos Correios, negociado junto ao TST.
Com a mudança que resultou de uma canetada do ministro Toffoly, o acordo coletivo que só seria discutido em 2021, passa a ser discutido agora, em plena pandemia da Covid-19.
Em meio a este caos, o general Floriano Peixoto, presidente da empresa dos Correios, quer ‘aproveitar’ a pandemia da Covid-19 para derrubar 70 cláusulas do Acordo Coletivo dos trabalhadores afetando todos os direitos conquistados, a exemplo do tíquete de alimentação e o Plano de Saúde.
Filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT//SE), o secretário geral do SINTECT/SE Jean Marcel avalia que: “não é hora de se discutir retirada de direitos nem acordo coletivo” afirmou.
Lucro na academia
Desde o início de agosto, o secretário geral do SINTECTSE, Jean Marcel explicou aos trabalhadores que a empresa dos Correios vem obtendo um crescimento econômico de mais de 25% durante a pandemia da Covid-19, devido ao isolamento social.
“Por isso não faz sentido o ministro Toffoly derrubar o acordo coletivo dos trabalhadores sob a justificativa de que representa um volume alto de dinheiro para a empresa. Os Correios estão lucrando na pandemia, conquistaram superávit financeiro à custa de trabalhadores contaminados e mortos por Covid-19. A empresa nem sequer age com transparência para divulgar quantos trabalhadores dos Correios já foram mortos por Covid em todo o Brasil. E agora querem cortar parte da nossa remuneração e direitos”, afirmou Jean Marcel.
Floriano Peixoto, o último presidente dos Correios nomeado pelo Governo Bolsonaro, declarou que os trabalhadores da empresa ‘têm muitos benefícios acima de lei’.
Sobre esta declaração, o dirigente do SINTECT/SE respondeu: “não somos uma classe de privilegiados porque recebemos tíquete de alimentação. A gente não recebe auxílio paletó, nem auxílio gravata, nem passagem de avião, nem apartamento funcional... Nosso salário é rebaixado, na média de R$ 2mil, muito pouco para o serviço essencial que realizamos, ainda mais sob os riscos que enfrentamos. Se existe algum privilegiado nos Correios, é ele que recebe salário de R$ 45 mil mais a aposentadoria de R$ 25 mil e é um indicado político que não entende nada de serviço postal”.
Para o Jean Marcel, as palavras de Peixoto combinam com uma campanha difamatória contra os Correios cujo objetivo é facilitar a privatização. “Tem muita falácia e inverdades circulando sobre o nosso trabalho, sabemos que querem fomentar a privatização, sucatear a empresa. É preciso demitir muita gente para piorar o serviço e facilitar a venda da empresa. Este é o plano do ministro Paulo Guedes que não tem nenhum compromisso com o Brasil, o compromisso dele é apenas com os empresários”, criticou.
O sindicalista explicou que em várias negociações melhorias no salário foram trocadas por uma proposta de tíquete de alimentação, pelo Plano de Saúde, por adicional de incentivo à cultura. “Negociamos para que os trabalhadores, mesmo com remuneração rebaixada tivessem garantido alimentação, saúde e cultura. Agora querem nos tirar tudo que conquistamos e desmerecer nosso esforço diário de trabalho com campanhas de difamação. Não aceitaremos”, afirmou Jean Marcel.
Ao longo desta semana, o SINTECT/SE vem divulgando nas redes sociais o depoimento de vários trabalhadores dos Correios que estão nas ruas trabalhando durante a pandemia, indignados com o esforço do governo Bolsonaro em ‘aproveitar’ o momento para destruir direitos e facilitar a privatização da empresa dos Correios prejudicando toda a população brasileira.
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