Sergipe assina acordo e recebe laboratório contra lavagem de dinheiro
A superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitoza, assinou o acordo de cooperação e define a estruturação do laboratório contra lavagem de dinheiro como fundamental para combater a raiz da criminalidade.
Sergipe passou nessa quarta-feira (30) a integrar oficialmente a Rede Nacional de Laboratórios contra Lavagem de Dinheiro (Rede LAB). Mais 12 representantes de estados também assinaram ontem, em Brasília, acordos de cooperação com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Até março de 2015, serão 43 unidades em funcionamento em todos os estados do País – 24 já estão em funcionamento. A superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitoza, assinou o acordo de cooperação e define a estruturação do laboratório contra lavagem de dinheiro como fundamental para combater a raiz da criminalidade.
“O ataque ao processo de lavagem de dinheiro é estratégico pra gente atacar o pilar das organizações criminosas. O laboratório possui uma estrutura de ferramentas que complementa o trabalho da inteligência e contempla amplamente o processo investigativo”, explicou Katarina.
Os investimentos totais do MJ são de R$ 41 milhões. Até o momento, 1,8 mil casos de lavagem de dinheiro foram apurados. Cerca de R$ 200 milhões foram recuperados, com quase R$ 19,6 bilhões avaliados com princípio de ilicitude. Foram abertas 21 novas propostas de acordo de cooperação com outros países, onde está a maioria do dinheiro desviado.
Segundo o ministro José Eduardo Cardozo, é necessário que as forças policiais e o Ministério Público possuam estrutura de investigação para combater o crime organizado, que utiliza uma série de fluxo de repasses de dinheiro para, por meio de transações, justificar os resultados atingidos com a prática de vários crimes.
A Rede-LAB foi instituída em 2006, por iniciativa da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). É coordenada pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça (SNJ/MJ), por intermédio do Departamento Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI/SNJ).
Instalados nas secretarias de segurança, polícias civis e ministérios públicos estaduais e Receita Federal, os laboratórios utilizam soluções de análise tecnológica em grandes volumes de informações. Eles subsidiam investigações de casos de lavagem de dinheiro ou corrupção, que envolvam quebras de sigilo bancário de inúmeras contas, sigilos telefônico e fiscal, durante grandes períodos.
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