Projétil que matou Sabrina não foi encontrado

30/09/2015 19h34
Projétil que matou Sabrina não foi encontrado
A8SE

O laudo que apontaria de que arma saiu o tiro que matou a adolescente Sabrina Pinheiro de Souza, de 16 anos está pronto. Porém, a análise não traz grandes novidades e revela o que muitos já esperavam.

A adolescente Sabrina Pinheiro, de 16 anos, morta com um tiro (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com o diretor do Instituto de Criminalística, o projétil não foi encontrado no corpo da vítima e não há como fazer a comparação balística.

Marcas de tiros se encontram em vários locais do carro (Foto: Arquivo Pessoal)

 

"Nós temos um ponto do impacto no pára-brisa traseiro, temos certeza que esse foi o que atingiu a vítima, porque ela estava sentada no banco do passageiro. O tiro entrou na nuca, saiu na fronte, porém, no vidro dianteiro não tinha nenhum ponto de impacto", explicou Leandro José, diretor do Instituto de Criminalística de Sergipe.

Marca do tiro na S10 que vitimou Sabrina Pinheiro (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Segundo ele, esse projétil deveria está dentro do veículo, mas não foi encontrado pela equipe. Ele ressalta que o delegado que cuidou do caso, Cleones Silva, disse que iria mandar a equipe "dar uma vasculhada" no carro, mas nada foi encontrado após essa varredura..

 

Sabrina Pinheiro foi morta com um tiro na nuca no dia 05 de junho. O fato chocou a população do município de Tobias Barreto , a 105 quilômetros de Aracaju. Ela estava em companhia do namorado, também de 16 anos, numa camionete S-10, quando o veículo foi abordado por auditores fiscais que desconfiaram da carga transportada no veículo.

Na época o delegado do caso, Cleones Silva, informou que 4 policiais participaram da perseguição. De acordo com as últimas informações do delegado, eles estavam armados com 4 pistolas, uma submetralhadora e uma carabina e, segundo ele, a arma que matou a adolescente saiu de uma

O local onde Sabrina estava sentada. O sangue ficou espalhado no carro e na rua onde ela ficou aguardando socorro (Foto: Arquivo Pessoal)

dessas armas.

 

As armas continuam na Criminalística, mas serão devolvidas à polícia. O exame de balística será anexado ao inquérito policial , que deverá ser concluído na próxima terça-feira. A SSP informou também que com esse resultado possivelmente novas diligências deverão ser feitas e com possibilidade de acareação desses policiais.

Dentro do veículo marcas de sangue de Sabrina (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Família de Sabrina - Os familiares da adolescente estão revoltados com o processo de investigação da morte de Sabrina. Segundo os parentes, nenhuma informação é passada por parte da Polícia. Eles só sabem o que está sendo divulgado pela imprensa. De acordo com a prima da vítima Samile Carlo, o mais incomoda é que o responsável pelo crime não está preso. "Nós nem sabemos quem foi. Ele está protegido e a população?", questiona, acrescentando que os policiais que trabalham na cidade dizem que o máximo que pode acontecer é que o policial que matou Sabrina seja afastado do cargo. "Pelo que sabemos ele já passou por tratamento psicológico e já foi afastado das atividades por isso. Se ele não tinha condições de trabalhar, por que estava ali?", indagou.

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