Nutricionista dá dicas para identificar e evitar a desidratação

A desidratação pode ser classificada em leve, moderada e grave. São sinais mais comuns da desidratação leve e moderada, a sede exagerada, boca e pele secas, olhos fundos, ausência ou pequena produção de lágrimas, diminuição da sudorese e, nos bebês, a moleira afundada. Dor de cabeça, sonolência, tonturas, fraqueza, cansaço e aumento da frequência cardíaca também podem estar associados à falta de água no organismo. Com o agravamento do quadro, esses sintomas se intensificam e então pode surgir, ainda, queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsões, coma, falência de órgãos e morte.
O diagnóstico acontece através da avaliação clínica e da realização de exames de sangue, fezes e urina. A desidratação se caracteriza não só pela baixa concentração de água no organismo, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo e pode se tornar grave, principalmente, em crianças e idosos. O corpo humano é composto, em média, por 70% de água, percentual que vai diminuindo de acordo com a idade. O sangue contém 95%, a gordura corporal 14% e o tecido ósseo 22%.
A desidratação pode ser dividida em três tipos: isotônica – a mais comum e se caracteriza pela perda de água e sais minerais; hipertônica – acontece quando a proporção de água perdida é maior que a de sódio; e a hipotônica – menos comum, quando ocorre perda maior de sódio do que de água. As causas da doença são variadas, e pode acontecer através da respiração, suor, urina, fezes e lágrimas.
São fatores comuns: a febre, a sudorese – normalmente relacionada ao calor intenso ou esforço físico, o vômito e a diarreia – causados por infecção alimentar e água contaminada, lesões significativas na pele, como queimaduras ou feridas na boca, e doenças de pele graves – quando a água é perdida através da pele danificada e ingestão insuficiente de líquidos, principalmente nos dias muito quentes do verão.
Segundo o nutricionista e referência técnica da área de Alimentação e Nutrição da SES, Ronaldo Cruz, essa época do ano é caracterizada pela oscilação das temperaturas, alterando o metabolismo e, com isso, o indivíduo desidrata mais rápido.
Tratamento
No caso dos bebês, o leite materno é o principal recurso para o tratamento da desidratação. Já para os casos leves de desidratação, independentemente da idade, a recomendação é, em ambiente com temperatura amena, beber água potável ou fervida em pequenos goles com intervalos curtos de tempo. Isso pode ser suficiente para reidratar o organismo. Nos casos mais graves, a reidratação deve ser feita por meio de soro que poder ser adquirido em farmácias e postos de saúde, como também a utilização do soro caseiro.
Soro caseiro
O soro caseiro é uma solução composta por água, sal e açúcar que ajuda a combater a desidratação causada, principalmente, por vômitos e diarreia. Para preparar, basta misturar em um litro de água mineral, de água filtrada ou de água fervida fria uma colher pequena de café, de sal e uma colher grande, de sopa, de açúcar.
“O soro caseiro é uma receita popular muito utilizada pela Pastoral da Criança ao longo desses anos, que tem surtido um efeito extremamente positivo, porque hidrata e ao mesmo tempo faz o ressarcimento dos sais minerais que estão baixos e precisam ser repostos, principalmente para o grupo de risco, no caso das crianças e idosos que, nesta época do ano, precisam ter uma atenção maior, fazendo uma oferta maior de líquidos ao longo do dia. É importante que a pessoa, ao preparar o soro, tome os cuidados com a higiene, lavando as mãos em água corrente, utilizar uma água potável e uma colher limpa para fazer a adição do sal e do açúcar” ressalta o nutricionista.
Dicas para prevenção
– Beber muito líquido, principalmente crianças e idosos;
– Usar roupas leves, dando preferência às cores claras;
– Evitar exposição direta ao sol nos dias mais quentes;
– Não praticar exercícios físicos nas horas mais quentes do dia;
– Cuidados com a alimentação e com a higiene;
– Evitar o consumo de álcool, uma vez que aumenta a perda de líquido pela urina;
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