Mulheres formam grupo de artesanato

30/09/2015 19h07
Mulheres formam grupo de artesanato
A8SE

Um grupo de mulheres do assentamento São Sebastião, localizado no município sergipano de Pirambu, começou a profissionalizar a produção de artesanato local. O trabalho, que já vem sendo desenvolvido há nove anos, ganhou impulso com a implantação do assentamento.
"Crescemos trabalhando com artesanato. É uma tradição familiar e uma técnica desenvolvida durante vários anos", conta Maria Domingas, uma das integrantes do grupo. "Mas agora aprendemos que nossas peças são valorizadas e por isso estamos vendendo também", diz.

Ninha, como Maria Domingas é conhecida no São Sebastião, explica que a maioria das mulheres do assentamento tem disposição para trabalhar e ajudar seus maridos no sustento doméstico. "Vivemos aqui há vários anos e queremos produzir, trabalhar", afirma. Ela acrescenta que algumas mulheres do PA também estão se organizando para vender doces. "Esse ano vamos montar um grupo que vende doces de mangaba. Vamos vender bombons, biscoitos e até Ovos de Páscoa", garante.

Realização e renda

O objetivo do grupo de artesanato é, além de contribuir para realização pessoal das artesãs, gerar renda e reforçar o orçamento familiar. "Nossa meta é aumentar a produção e vender o que for possível. Nosso trabalho é de alta qualidade e tem potencial para isso", explica Maria de Neide, que trabalha com Ninha na produção de artesanato de palha.

Algumas artesãs do São Sebastião, apesar de terem aprendido técnicas de trabalho por meio de tradição familiar, já participaram de cursos de aperfeiçoamento promovidos pela Prefeitura de Pirambu e por organizações não-governamentais. Maria Dolarice dos Santos, presidente da Associação das Artesãs Raízes da Terra, trabalha no povoado ao lado do assentamento e afirma que a interação da força de trabalho é positiva. "Algumas assentadas já participaram de cursos conosco e outras eventualmente prestam serviços para nossa associação. É uma ajuda mútua".

No assentamento São Sebastião residem 28 famílias de trabalhadores rurais. As principais atividades econômicas dessa comunidade são a produção de mandioca, feijão, milho e, a partir desse ano, por meio da mão-obra feminina, artesanato e doces de mangaba.

 

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