MPT investiga denúncias de trabalho análogo à escravidão de sergipanos no Paraná

Além disso, são investigadas as práticas de aliciamento e transporte irregular dos trabalhadores

Por Redação Portal A8SE 14/10/2021 15h21
MPT investiga denúncias de trabalho análogo à escravidão de sergipanos no Paraná
Ministério Púbico do Trabalho de Sergipe — Foto: Ascom MPT-SE

Após a divulgação do Portal A8SE e da TV Atalaia, o Ministério Público do Trabalho informou que um procedimento já foi aberto para investigar possíveis casos de trabalho análogo à escravidão sofrido por 29 sergipanos no Paraná.

A denúncia foi feita por uma das vítimas. Sem se identificar, o rapaz gravou um vídeo para mostrar a situação de precariedade que vive há cerca de 20 dias. Ele relata que a proposta de emprego garantia boas condições para alojamento, salário de cinco mil reais, refeições e a cada três meses eles voltariam para Aracaju para visitar familiares, fato que não ocorreu. O empresário que fez o convite sumiu e nem se quer oferta alimentação.

“Ia dar dois alojamentos com beliche. A gente ia chegar e ia fazer os exames, no outro dia, começar a trabalhar”, diz. O trabalhador disse que gastou dois mil reais de passagem para ir para cidade paranaense. “A água que a gente bebe é a da torneira. [...] esse fogão foi que doaram para nós, tão doando alimento”, conta durante o vídeo. Acompanhe mais detalhes:

Após os relatos, o Ministério Público do Trabalho de Sergipe instaurou inquérito para apurar as práticas de aliciamento e transporte irregular dos trabalhadores. O MP do estado paraense também investiga o caso, com relação à prática análoga ao trabalho escravo.

"Hoje pela manhã colhemos depoimentos de testemunhas e aprofundaremos a investigação nos próximos dias. Sendo confirmadas as informações iniciais, o Ministério Público do Trabalho de Sergipe ajuizará uma ação civil pública, buscando uma responsabilização de todos aqueles envolvidos", conta Albérico Neves, procurador do Trabalho.

Para realização de denúncia em caso como este, basta ligar para 3226-9100. O procurador alerta, ainda, que a prática de falsas promessas para grandes oportunidades fora do estado tem se tornando cada vez mais comum, acompanhe no vídeo:

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