Morre um dos maiores artistas plásticos de Sergipe, Leonardo Alencar

01/10/2016 10h01
Morre um dos maiores artistas plásticos de Sergipe, Leonardo Alencar

 O artista plástico Leonardo Alencar morreu na noite desta sexta-feira (30), segundo a esposa, Cida Alencar, Leonardo estava internado no Hospital Renascença há pouco mais de um mês, ele teve complicações após problemas de saúde e acabou falecendo. O velório acontece na OSAF, da rua Itaporanga, em Aracaju e o sepultamento será às 16h no Cemitério Colina da Saudade.

Leonardo Fontes de Alencar, nasceu no dia 7 de abril de 1940, em Estância, interior de Sergipe. O interesse por artes plásticas começou ainda na infância e dedicou-se à pintura ao conhecer o trabalho de outros artistas sergipanos como, J. Inácio, Álvaro dos Santos e Florival dos Santos.

 

Biografia

Na década de 60, fez uma exposição na Belvedere da Sé, em Salvador, patrocinada pelo escritor Vasconcelos Maia, na época, diretor do Departamento de Turismo. Em 61, expôs na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, na Galeria Macunaíma.

 No mesmo ano, recebeu uma bolsa de estudos do curso livre de gravura da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Em 63, entra no curso oficial desta escola e no curso de cenografia da Escola de Teatro. Foi contratado como Professor Notório Saber desse curso em 64, ajudando a implantar a cadeira de artes visuais da EBA. Ensinou até 70, quando recebeu uma bolsa como artista residente num programa elaborado pelos assessores culturais das Indústrias Teves, do colecionador alemão Ernst August Teves. Por dois anos, viajou por toda a Europa, expondo e conhecendo as manifestações artísticas locais. Entre 71 e 74, fixou residência em Londres. Nesse período, vivia como free-lancer e desenhava para a revista Time Out.

 Só voltou para o Brasil em 74. Até 80, morou em Salvador. Nesse ano, voltou para Aracaju, por preferir viver em um local mais tranqüilo e para ajudar a construir cultural de Sergipe. “Estava rotulado com artista baiano. Tenho muito orgulho da Bahia, mas sou artista plástico sergipano”, diz.

Casou-se pela terceira vez em 82 com Racilda Aragão de Alencar, que passou a cuidar da produção de suas exposições. Teve quatro filhos em casamentos anteriores; Eurydice Dantas de Alencar, do primeiro, e Hélio Araújo de Alencar, Mateus Augusto Araújo de Alencar e Yuri Saulo Araújo de Alencar do segundo. Em 91, ilustrou a capa do livro O Homem de Branco, do escritor brasileiro Adonias Filho, que foi editado somente na Inglaterra, com o nome The Man in White, pela editora Wyvern-Sell. Em 97, associou-se ao Metropolitan Museum of New York. Desde 95, é o representante de Sergipe do programa pan-americano Partners of America.Em 99, foi convidado pela revista Istoé a participar do júri que elegeria o Artista Plástico ou Arquiteto do Século. E hoje, dedica-se à produção constante de quadros para exposições, em Sergipe e em outras cidades, e ao curso de pintura e desenho que oferece em sua casa.

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