Maioria dos sergipanos sonha em ingressar no funcionalismo público

30/09/2015 19h12
Maioria dos sergipanos sonha em ingressar no funcionalismo público
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Para muitos ingressar no funcionalismo público é a garantia de receber o salário em dia e garantir uma boa aposentadoria. (Divulgação)

Trabalhar em um órgão federal, estadual ou municipal é o desejo da maioria das pessoas que sonha com estabilidade no emprego, salário garantido e plano de carreira. Incentivados com tantos benefícios, principalmente nesse tempo de pouca vaga no mercado de trabalho e alta competitividade, muitos são os sergipanos que não deixam passar qualquer concurso público que apareça pela frente.

Mesmo quem está empregado e que sonha melhorar a vida profissional, o concurso público acaba sendo visto como a saída mais viável. Para muitos ingressar no funcionalismo público é a garantia de receber o salário em dia e garantir uma boa aposentadoria. Mas chegar lá não é fácil.

A comerciaria, Marilúcia de Andrade Santana, 28 anos, faz parte do universo das pessoas que sonham em ingressar no funcionalismo público. "Desde o ano passado veio estudando matérias isoladas na área. Estou me preparando e acredito que desta vez vou conseguir ao sonhada estabilidade", afirma Marilúcia que já fez três concursos, mas sem êxito.

O universitário, José Francisco de Almeida, também está se preparando e não é de agora. "Há dois anos tenho dedicado cerca de cinco horas por dia para estudar matérias na área jurídica. Estou seguro, mas vou intensificar mais ainda os estudos porque a concorrência é grande", disse ele.

A economista, Carolina Santana Vidal é uma típica concurseira profissional. Ela afirma que já participou de cinco concursos. "Passei em três, o último foi há dois anos. Conseguir ingressar no funcionalismo municipal, mas ainda não é o que quero. Minha meta é um emprego federal", afirma. Estudo e disciplina são as dicas dadas por Carolina para ter bom êxito nas provas.
Custos

Dedicar horas de estudo, abrir mão de final de semana e lazer são alguns dos sacrifícios que muitos se submetem na busca pela estabilidade de emprego. Mas os sacrifícios não ficam aí. Há também um custo, que a grande maioria dos candidatos não consegue arcar.

O candidato a concurso público terá um gasto que vai depender do nível de concurso que se pretende realizar. Em todo concurso tem despesas com a taxa da inscrição (R$ 5,00 à R$ 50,00 nível básico, R$ 20,00 à R$ 80,00 nível médio e de R$ 60,00 à R$ 200,00 no nível superior), mais gastos com livros, cartilhas, apostilas, xérox e deslocamento até o local da prova.

Mas apesar do custo, que se candidata é unânime em afirmar que tudo vale à pena, principalmente quando o objetivo é permanecer empregado e, se possível, com um bom salário. O otimismo é justificado pelos números. Somente no primeiro mês deste ano em Sergipe, 6.757 pessoas perderam o emprego, sendo que 3.964 em Aracaju.
Os números são do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeonômicos (Dieese), revelando que janeiro foi o pior dos últimos dez anos.

O economista do Dieese, Luiz Moura, confirma que como não há outro fato que justifique o desemprego, a crise econômica é a única explicação plausível. "Na comparação com os últimos dez anos sem queda, em janeiro deste ano tivemos um índice negativo de 300 empregos", afirma. O melhor ano, no entanto, foi 2002, quando em Sergipe foram registrados 3.726, enquanto que em Aracaju foram 2.238.

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