Lojinhas R$5,99 são cada vez mais procuradas em Aracaju

Como o valor das peças vendidas é bem abaixo do valor de mercado, empresários do segmento precisam saber negociar com fornecedores para manter os preços.

30/09/2015 21h55
Lojinhas R$5,99 são cada vez mais procuradas em Aracaju

Elas estão espalhadas pelos bairros de Aracaju numa proporção surpreendente. As lojinhas de confecções que vendem peças ao preço de R$5,99, R$6,99, R$7,99 se disseminaram e garantiram espaço entre os público C e D, que encontram nestes estabelecimentos comerciais, um lugar onde de fato eles possuem poder de compra.

 

Roupas, lingeries, acessórios, bijuterias, todos os produtos comercializados nessas lojas populares apresentam o mesmo preço que plublicam em suas fachadas em letras garrafais. Nos bairros da zona norte de Aracaju elas são cada vez mais fáceis de serem encontradas e sempre estão cheias de clientes em compras.

 

Como o valor das peças vendidas estão bem abaixo do mercado, os empresários dessa pequenas lojas precisam viajar e negociar bastante para encontrar valores que permitam a revenda com uma margem segura de lucro para eles. 

 

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O microempreendedor individual Wallis dos Santos

 O microempreendedor individual, Wallis dos Santos, de 28 anos, tem uma loja de R$5,99 há cinco anos no bairro Industrial, zona norte de Aracaju. Ele fala que não é fácil equilibrar a balança para sustentar o lucro da loja e para isso ele usa de algumas estratégias. “Cerca de 80% de tudo que é comercializado na loja, nós compramos a matéria-prima e negociamos a confecção com o fornecedor, que nos faz um preço mais e conta”, explica Wallis.

 

Já os outros 20% das mercadorias comercializadas na loja, o microempresário fecha um pacote com o fornecedor pelo volume de peças.

 

“Quantidades acima de 200 peças, que é como eu costumo comprar, acabo ganhando um desconto considerável, que me permite manter o preço das peças vendidas na loja”, diz o microempreendedor .

 

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Interior de uma das lojas populares

 O sucesso da loja dele de R$5,99 no bairro Industrial foi tanto que, há três anos, o empreendedor abriu uma loja semelhante no bairro Bugio. Wallis dos Santos também fez questão de buscar apoio e formação no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desde quando resolveu iniciar o negócio. “Essa formação me ajudou a organizar melhor as contas da loja”, analisa o empresário.

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