Justiça aumenta pena de ex-policiais rodoviários pela morte de Genivaldo de Jesus

Ex-policiais rodoviários federais foram condenados pela morte de Genivaldo em maio de 2022, após abordagem que resultou em asfixia e revolta nacional

Por Redação do Portal A8SE 31/01/2025 18h38
Justiça aumenta pena de ex-policiais rodoviários pela morte de Genivaldo de Jesus

A Justiça Federal aumentou a pena dos ex-policiais rodoviários federais Kleber Freitas e William de Barros, acusados de matar Genivaldo Santos em maio de 2022. A medida foi adotada após um pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Ambos haviam sido condenados por homicídio culposo e tortura a 23 anos, 1 mês e 9 dias de prisão. Com a nova decisão, a pena foi aumentada para 23 anos, 8 meses e 14 dias de reclusão. Já Paulo Rodolpho, outro envolvido, mantém o veredito de 28 anos de reclusão.

Relembre o caso

Em dezembro de 2024, após doze dias de julgamento, os ex-policiais rodoviários federais foram condenados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, ocorrida em Umbaúba, município do sul sergipano.

No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo foi abordado pela PRF na BR-101, em Umbaúba, por pilotar uma motocicleta sem capacete. Os policiais o imobilizaram, amarraram suas mãos e pés e o colocaram no porta-malas da viatura, onde liberaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta. A câmara de gás improvisada causou a morte de Genivaldo por asfixia mecânica e insuficiência respiratória, conforme apontado pelo Instituto Médico Legal (IML).

O caso ocorreu exatamente dois anos após a morte de George Floyd, um homem negro assassinado por policiais durante uma abordagem nos Estados Unidos. Embora as circunstâncias das duas mortes sejam distintas, ambas geraram a mesma dor e revolta, com repercussão internacional.

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