Isenção do ICMS não beneficia consumidores
A carne continua sendo um produto raro na maioria da mesa dos sergipanos, mesmo com a isenção do ICMS dada pelo governo do Estado aos frigoríficos e açougues.

O governo do Estado vai deixar de arrecadar, por ano, o montante de R$ 7 milhões, diante da isenção do ICMS sobre o preço da carne, segundo cálculos do Dieese. À medida que entrou em vigor desde novembro passado tinha como maior objetivo beneficiar toda a cadeia produtiva, inclusive os varejistas, resultando num preço menor para o cidadão sergipano. No entanto, o produto continua chegando cada vez mais caro à mesa dos consumidores.
Em média, o quilo das mais nobres (como filé mignon e alcatra) está sendo vendido nos açougues e supermercados entre R$ 20 e R$ 23. As carnes de segunda chegam a custar entre R$ 11 e R$ 13. O preço cobrado assusta os consumidores que acabam optando por outras alternativas bem mais em conta.
De acordo com o economista Luiz Moura, coordenador do Dieese, os benefícios da redução foram para os cofres dos frigoríficos ou dos açougues. “Até agora o consumidor final não foi beneficiado com a medida do governo do Estado. Com a isenção de 2,10 % de ICMS para a carne, o correto é que a população tivesse pagando bem menos pelo produto, o que não está acontecendo”, reforça o economista. o consumidor precisa pagar menos pelo produto”, ressaltou
Luiz Moura ressalta, ainda, que a mesma isenção se estende todos os derivados da carne, ou seja, os produtos defumados, salgados, secos, temperados, frescos, resfriados ou congelados. Os comerciantes do setor se defendem e asseguram que a isenção não foi suficiente para garantir um mlehor preço ao consumidro final. “A carga tributária é tão alta que a retirada de um imposto não possibilita trabalhar com redução. O que nós fizemos foi segurar os valores”, justifica a empresária Ana Paula Leite, dono de um dos maiores frigoríficos da capital.
A dona de casa Maria Elze Vieira disse que está um absurdo o preço da carne. “Os empresários dizem que aumentam o preço das carnes por causa dos impostos cobrados pelo governo. Aí eles são isentos e continuam cobrando alto. Isso é usurpação do dinheiro do povo”, disse ela.
Carne bovina é um produto raro na mesa da dona de casa, Otávia Santana. “Carne só em dias especiais. Esse produto foi substituído por outros mais em conta. O preço é muito alto, o que inviabiliza a compra por quem recebe um salário mínimo por mês", afirma.
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