Hospital São José discute crise financeira com Ministério Público de Sergipe
Médicos deram prazo para pagamento de salário, sob pena de paralisação
Nesta quarta-feira (8), o Hospital São José participou de uma audiência com o Ministério Público, em Aracaju, sobre a crise financeira que a unidade hospitalar está enfrentando.
Dentre os assuntos debatidos, a paralisação de cirurgias e atraso de cinco meses no pagamento dos salários dos médicos foram os tópicos mais graves.
Segundo o hospital, um dos motivos da crise é a existência de serviços que não sofrem reajuste há cerca de 10 anos. Ainda, a maioria do público atendido na unidade é de Aracaju, mas, o aporte financeiro do município destina ao hospital é de 17%. O serviço de ultrassonografia, por exemplo, é pago pelo município de Aracaju no valor de R$ 27,00 por exame (exceto abdômen total, que é R$ 34,00), enquanto o mesmo procedimento é pago pelo a prestadores privados no valor R$ 70,00.
Ainda, o hospital informou que as cirurgias estão paralisadas por falta de recursos para pagamento dos anestesistas e insumos, e que há uma fila de espera em diversas especialidades, principalmente de cálculo renal, que conta com cerca de 100 pacientes aguardando o procedimento.
Com o agravamento da crise, a equipe médica do hospital deu até o dia 19 de novembro para regularizar os pagamentos, sob pena de desligamento coletivo dos 30 profissionais que trabalham no hospital. Essa paralisação implicará a paralisação total de serviços, incluindo os da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Os representantes destacaram que o contrato vigente com a a prefeitura de Aracaju expirará em novembro, e que o Hospital São José já solicitou uma nova proposta. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju (SMS) afirmou que também já apresentou a contraproposta e está aguardando a devolutiva.
Além disso, a SMS informou que, por força de lei e previsão contratual, o prazo que justificaria paralisações ocorreria somente após 90 dias e, no momento, o pagamento das faturas de setembro para os prestadores será iniciada. "Vale ressaltar que, somente no primeiro semestre deste ano, já foram pagos R$ 23.101.303,27, e que saldos remanescentes nas faturas mensais são comuns de acontecer por conta de encontros de contas e/ou por pendências documentais. E, o reajuste citado trata-se de uma defasagem na tabela SUS, problema que ocorre em todo o Brasil", esclareceu.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 10 de novembro, sendo convidados a SMS, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e os representantes do hospital.
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