Hospital de Cirurgia salva paciente com primeiro implante de Impella via SUS em Sergipe
O procedimento foi decisivo para salvar a vida de Wiliene de Farias, 36 anos, que hoje se recupera bem em casa ao lado da família

O Hospital de Cirurgia (HC), unidade integrante da Rede Estadual de Saúde e referência em procedimentos de alta complexidade, voltou a marcar a história da Cardiologia em Sergipe.
No dia 26 de julho, a instituição realizou, pela primeira vez em um paciente atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado, o implante do dispositivo de suporte circulatório mecânico Impella minimamente invasivo – tecnologia que atua diretamente no ventrículo esquerdo para manter a circulação sanguínea e dar tempo ao coração de se recuperar. O procedimento foi decisivo para salvar a vida de Wiliene de Farias, 36 anos, que hoje se recupera bem em casa ao lado da família.
Corrida contra o tempo
O chefe da Cardiologia, Dr. Luiz Flávio Prado, relata que o equipamento, que não estava disponível no estado, precisou ser adquirido e transportado com urgência da Bahia para Sergipe.
“Recebemos autorização da Direção para comprar o dispositivo, mas foi preciso trazê-lo de Salvador. Em menos de uma hora, o aparelho já estava a caminho. Ele chegou por volta das 23h, e à meia-noite estávamos no Serviço de Hemodinâmica para implantar. Às 3h da manhã, a paciente já estava na UTI usando o dispositivo. O coração ficou totalmente dependente dele nas primeiras 12 horas, e se não o tivéssemos, ela teria sucumbido”, relembra.
Williene deu entrada no HC para uma cirurgia cardíaca considerada simples, mas evoluiu para uma grave complicação no coração logo após o procedimento.
“No primeiro dia depois da operação, o coração começou a dar sinais de falência. Lançamos mão de medicamentos, depois do balão intra-aórtico, que ajudou pouco, e, diante da gravidade, reunimos o nosso Time de Choque Cardiogênico do Hospital de Cirurgia. O Impella foi colocado como ponte para recuperação do coração e, felizmente, em menos de 48 horas, ela se recuperou plenamente e voltou para casa”, relata Dr. Luiz Flávio.
Tecnologia que salva
A colocação do Impella foi feita no Serviço de Hemodinâmica do HC. De acordo com o cardiologista intervencionista Dr. Wersley Araújo, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Sergipe, trata-se de um equipamento inovador no tratamento do choque cardiogênico. Ele explica como o procedimento é realizado.
“Ele é colocado dentro do ventrículo esquerdo e aumenta o débito cardíaco, melhorando a perfusão sistêmica. Isso evita disfunções orgânicas e ajuda o paciente a sair do choque”, ressalta.
Uma nova chance de vida
Para Williene de Farias, que nasceu em Alagoas, mora em Aracaju e é mãe de três filhos, o procedimento significou uma nova chance de vida.
“Quando eu acordei, a equipe me chamava de fênix, mas eu não tinha noção da gravidade. Sempre me senti acolhida, nunca fiquei sozinha e todas as informações foram passadas com clareza. Quando soube que esse dispositivo caro e inédito no SUS tinha sido usado em mim, pensei: ‘Uau! Meu Deus!’. Hoje, meu coração bate maravilhosamente bem e eu só sinto gratidão. Eu nasci novamente”, relata.
Por: Asscom Hospital Cirurgia
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