Grávidas e puérperas que tomaram 1ª dose da AstraZeneca podem receber 2ª dose de outro imunizante em Sergipe

A intercambialidade de vacinas já é uma prática no Plano Nacional de Imunizações

Por Redação Portal A8SE e SES 26/07/2021 17h45
Grávidas e puérperas que tomaram 1ª dose da AstraZeneca podem receber 2ª dose de outro imunizante em Sergipe
Foto: EBC

Nesta segunda-feira, 26, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou que pessoas grávidas e puérperas em Sergipe que receberam a primeira dose da vacina contra covid-19 da AstraZeneca vão poder receber a segunda dose de outro imunizante. A mudança acontece a partir de uma orientação do Ministério da Saúde.

Antes, a orientação era para que esse grupo que tomou a primeira dose da vacina AstraZeneca esperasse 45 dias após o parto para tomar a segunda dose do mesmo imunizante, agora quando chegar o momento de tomar a segunda dose, essas pessoas devem ser vacinadas com a Pfizer ou CoronaVac.

A intercambialidade de vacinas já é uma prática no Plano Nacional de Imunizações, mas com relação à covid-19 ainda não é recomendada para todo o público. Situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país (exemplo, indivíduos que receberam a primeira dose de uma vacina contra a covid-19 em outro país e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose), poderá ser administrada uma vacina de outro fabricante.

A recomendação da direção de Vigilância em Saúde da SES é que as mulheres que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz e que estejam gestantes ou no puerpério (até 45 dias pós-parto) no momento de receber a segunda dose da vacina deve ser ofertada, preferencialmente, a vacina Pfizer. Caso este imunizante não esteja disponível na localidade, pode ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan. As mulheres que receberem vacina no esquema de intercambialidade devem ser orientadas a respeito das limitações referentes aos dados existentes e do perfil de risco benefício.

“Alguns novos estudos têm apontado que, mesmo que você use um laboratório diferente, é possível dar uma imunidade sustentada. As pesquisas preliminares têm mostrado a segurança, indicando que não há o aumento de efeito adverso e que há uma proteção”, destacou o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes.

A Secretaria de Saúde também solicitou que os municípios façam o levantamento de quantas gestantes receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz, para que nas próximas entregas a Secretaria de Estado da Saúde possa acrescentar doses específicas para essa finalidade.

“A gestante e a puérpera estão em um grupo que tem mais risco de ter formas graves da covid-19, por isso, a câmara técnica do Ministério da Saúde aprovou essa intercambialidade de vacinas exclusivamente para esse público. É importante deixar isso muito claro”, finalizou o diretor.

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