Garoto Autista desenvolve comunicação através dos programas da TV Atalaia
Foi através da TV dos sergipanos que Davi começou a perceber o mundo e a se comunicar com ele
“Cidade Alerta Sergipe” Essas foram as primeiras palavras faladas por Davi, um menino autista de 9 anos que, antes, costumava ser não verbal, ou seja, ele não se comunicava verbalmente.
Desde os cinco anos, Davi Santos Fontes assiste a programação da TV Atalaia. Foi através dos programas da TV dos sergipanos que ele começou a perceber o mundo e a se comunicar com ele.
Essa conexão única com a TV Atalaia o ajudou a desenvolver habilidades de comunicação, o que marcou um avanço significativo em seu tratamento, especialmente porque antes ele tinha dificuldades em perceber o ambiente ao seu redor.
Primeiro, veio a linguagem escrita e os desenhos. Davi desenha a logo da TV Atalaia e dos programas com massinha e lápis de cor, reproduzindo detalhes como a logomarca, créditos e até simulando as transmissões em casa.
Aos poucos, ele começou a verbalizar palavras inspiradas nos textos que apareciam na TV, sendo “Cidade Alerta Sergipe” as primeiras palavras que ele pronunciou.
Com um hiperfoco no alfabeto e nos programas da emissora, o menino desenvolveu a habilidade de ler e escrever.
Emocionada durante a primeira visita do garoto à sede da TV Atalaia, a mãe de Davi, Ilva Fontes, destaca que o processo de imersão no programa e suas atividades de recortar e colar logomarcas e créditos foram fundamentais para seu desenvolvimento cognitivo e comunicativo, transformando sua vida e a da família.
“Foi esse relacionamento com a Tv Atalaia que fez com que ele começasse a verbalizar. Ele também tem um hiperfoco no alfabeto, então ele começou a aprender a ler, juntar tudo através da tv atalaia”, explica a mãe de Davi, Ilva.
Nascido em 2015, Davi é natural de Aracaju. Em 2017, com dois anos, ele recebeu o diagnóstico de autismo nível três. A família de Davi viaja pelo Brasil para buscar o melhor tratamento para o pequeno. Mas, mesmo em outros estados, ele sempre assiste à programação da TV Atalaia.
Entenda o Hiperfoco
A psicóloga especializada em Neuropsicologia, Gessyca Caroline Lima Silva, explica que o hiperfoco é entendido como um momento de concentração excessivo em uma única atividade ou interesse da pessoa autista.
“Cada pessoa é única e, dentro do espectro, o hiperfoco pode se manifestar de formas bem diferentes, podendo se dar por hiperfoco em uma única temática, seja de um filme, de uma matéria escolar, objetos, lugares, comidas, direcionando-se à pesquisas, ao interesse de falar bastante sobre aquele tema”, explica a psicóloga.
A psicóloga enfatiza que, dependendo do direcionamento dado ao hiperfoco, é possível que a criança desenvolva uma grande habilidade em áreas específicas, o importante é reconhecê-lo e fazer os ajustes necessários.
Sobre o que pode ser feito para ajudar na inclusão de crianças autistas na sociedade, a psicóloga destaca a realização de capacitações continuadas no âmbito escolar, para pais, cuidadores, professores, funcionários e gestão.
“também deve-se pensar em espaços públicos e privados que sejam acessíveis, inclusivos e adaptados, assim como as propostas de atividades de lazer, além da criação de redes de apoio às famílias e políticas públicas,e criação de projetos de leis que garantam os direitos da criança autista”, completou a psicóloga.
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